Por MARCO ANTONIO P. COSTA
De 2017 para 2018, o Amapá acompanha a redução nacional dos casos de Aids na população em geral. Porém, entre pessoas na faixa etária de 15 a 24 anos, essa diminuição é menor se comparado ao ritmo nacional.
O dado deixa em alerta a Secretaria de Vigilância em Saúde do Amapá (SVS-AP), que esclarece que trata-se de um problema de toda a região norte, onde a implementação das políticas públicas de combate e tratamento ao HIV se deu anos após a implementação no Centro-Sul.
Há também a questão geracional, segundo a secretaria. Pesquisas e estatísticas demonstram que a primeira relação sexual da maioria dos jovens da faixa etária de 15 a 25 anos ocorre sem preservativo.
O chefe da Unidade de Doenças Transmissíveis da SVS-AP, Ivon de Souza Cardoso, comenta essa relação.
“A questão da prevenção foi muito banalizada e, também, como há uma grande taxa de sucesso do tratamento das pessoas soropositivo e fácil acesso a este tratamento – pois o Brasil é pioneiro na disponibilização pública desse tratamento -, as pessoas relaxaram, sim, especialmente, os jovens de 15 a 24 anos, pelo que podemos detectar”, observou.
Segundo ele, por este motivo, o último dia primeiro de dezembro, que é o Dia Mundial de Combate à Aids, focou nessa população jovem.
“Jovem, a gente precisa estar prevenido de qualquer doença, qualquer situação de risco a que a gente se exponha. Muitas vezes a gente quer amar, quer ter uma pessoa, mas, com segurança, com certeza a gente consegue fazer a prática sexual ser responsável, para nós e para nosso companheiro, nossa companheira. Então, usem preservativo e, se tiver qualquer dúvida, procure uma unidade de saúde. Há hoje a facilidade dos testes rápidos. Começar o tratamento cedo é muito importante”, alertou Ivon.
Nas Unidades de Pronto Atendimento (UPAS) e postos de saúde de todos os municípios do estado, a população tem acesso gratuito a preservativos e aos testes rápidos.