Da REDAÇÃO
Após a formalização de um acordo, os 27 governadores declararam conjuntamente que darão apoio à reforma da previdência. A exigência dos chefes dos executivos estaduais é que a proposta atenda a seis mudanças sugeridas por eles. Dessa forma, governos de estados como os do Nordeste e da Região Norte passarão a pedir votos de suas bancadas federais pela aprovação.
Entre os novos apoiadores do principal projeto econômico do governo do presidente Jair Bolsonaro (PSL), estão governadores filiados a partidos de oposição como PT, PDT, PSB e PCdoB. O governador do Amapá, Waldez Góes (PDT), estava entre os que pediam ajustes no projeto de reforma da previdência, para a manutenção de benefícios como a aposentadoria rural, de mulheres e professores.
Dentro do acordo feito, há também uma novidade sobre as regras para funcionários da área de segurança pública: a criação de uma flexibilização para que cada Estado decida como serão as alíquotas para policiais, bombeiros e agentes penitenciários. Essas categorias costumam se aposentar mais cedo que os demais trabalhadores por conta do risco de suas profissões.
Os governadores também querem convencer suas bancadas a apoiar que estados e municípios também sejam contemplados nas novas regras de âmbito federal. Dessa forma, não será necessário que cada cidade ou Estado faça sua própria reforma, o que demandaria mais tempo.
Os dados do Ministério da Economia mostram que as 27 unidades da federação e as 5.570 prefeituras têm um déficit de quase R$100 bilhões. Com a reforma, chegariam a uma economia de R$350 bilhões em dez anos.
Foto de capa: P.H. Carvalho/Agência Brasília