Mulher acessava mensagens e fotos do ex usando aplicativo espião

A Polícia Civil do Amapá indiciou a mulher por invasão de aparelho informático e interceptações telefônicas ilegais
Compartilhamentos

Da REDAÇÃO

Uma mulher de 23 anos foi indiciada em dois crimes após invadir o celular do ex-companheiro com o objetivo de acessar fotos, mensagens e outras informações que pudessem demonstrar infidelidade conjugal. O crime de invasão de dispositivo informático é previsto no Código Penal Brasileiro, e a pena pode chegar a dois anos de prisão.

As investigações começaram quando a vítima percebeu que mensagens suas estavam sendo apagadas ou enviadas para outras pessoas. Foi quando ele procurou a 6ª Delegacia de Polícia da Capital.

O delegado Leandro Leite, que investigou o caso, enviou o aparelho para a Polícia Técnico-Científica do Amapá (Politec). Não demorou para que os peritos encontrassem um aplicativo oculto, que não possuía um atalho visível na tela.

O aplicativo foi comprado pela internet, e, segundo a polícia, a mulher declarou que instalou no celular do então companheiro enquanto ele dormia.

Perícia analisou metadados do celular. Fotos: Polícia Civil do Amapá/Divulgação

Delegado Leandro Leite indiciou a mulher em dois crimes

O app é capaz de acessar o WhatsApp, Instagram, Facebook, Viber, fotos, mensagens de SMS, agenda telefônica, captura de teclas digitadas, senhas, sites mais visitados, rastreamento por GPS e até interceptação de ligações. O app, acessado à distância, também transformava o celular da vítima num aparelho de escuta, o que permitia que ela pudesse ouvir tudo o que ele estava falando. 

O celular também poderia ser acessado remotamente pela mulher, mesmo com o visor bloqueado. Os peritos também descobriram que ela usava a própria senha de e-mail para fazer o login do aplicativo.

“(…) O ordenamento jurídico brasileiro resguarda a intimidade e a vida privada das pessoas e a ofensa a estes preceitos pode ensejar a responsabilização cível e até criminal do envolvido”.

Em depoimento, a mulher, que teve o nome resguardado pela polícia, confessou o crime. Além da invasão do aparelho, ela vai responder também pelo crime de interceptação telefônica, que tem pena de até 4 anos.

Aparelho da vítima que foi periciadp

Seles Nafes
Compartilhamentos
Insira suas palavras de pesquisa e pressione Enter.
error: Conteúdo Protegido!!