Polícia Civil descobre extração ilegal de madeira na Floresta Estadual do Amapá

Área fica localizada no município de Tartarugalzinho, a 230 km da capital, Macapá. Duas pessoas foram presas.
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Por OLHO DE BOTO

A Polícia Civil do Amapá fez uma grande apreensão de madeira ilegal nas primeiras horas desta sexta-feira (14), no município de Tartarugalzinho, a 230 km de Macapá. Além de localizar as toras, a polícia identificou a área de onde elas haviam sido retiradas ilegalmente, de dentro da Floresta Estadual do Amapá (Flota). Duas pessoas foram presas e uma espingarda foi apreendida.

De acordo com o delegado Leonardo Brito, da Dema, a carga ainda está sendo avaliada em quantidade e valor de mercado. Segundo ele, um alerta do aplicativo via satélite, o Global Forest Watch (GFW), software do americano World Resources Institute (WRI), usado pela Dema para monitorar degradações ambientais, apontou que uma grande área havia sido desmatada em Tartarugalzinho.

A carga ainda está sendo avaliada em quantidade…

…e valor de mercado. Fotos: Divulgação/PC

O local é de difícil acesso. Os agentes das Delegacias de Tartarugalzinho e Meio Ambiente (Dema) – sediada na capital – levaram três horas e meia dentro da mata até chegar na localização apontada pelo satélite. Contudo, a madeira que havia sido derrubada não estava mais lá. Os agentes, então, fizeram diligências e conseguiram interceptar o transporte das toras, já embarcadas em caminhões e carretas.

“Através das imagens de satélite, a equipe de monitoramento detectou uma vasta área de desmatamento. Com as coordenadas, a equipe de campo foi até o local. Eles saíram ainda na noite de quinta (13) e entraram pela madrugada desta sexta-feira na operação. Lá, no município de Tartarugalzinho, a área foi localizada e os responsáveis foram identificados”, resumiu o delegado.

Área fica dentro da Floresta Estadual do Amapá, de onde…

… a madeira foi retirada. A carga está apreendida em Tartarugalzinho

Segundo ele, as toras seriam distribuídas em serrarias de Macapá, onde seria feito o procedimento irregular denominado de “esquentamento” – que consiste numa espécie de lavagem do produto, para torná-lo aparentemente legalizado.

“A madeira legal é beneficiada por serrarias, que vendem a madeira como se fosse legal, certificada. Eles ‘esquentam’ a madeira legal”, explicou Leonardo Brito.

As duas pessoas presas irão responder pelos crimes de porte ilegal de arma de fogo e transporte ilegal de produtos florestais. Segundo o delegado, o caso deve ter desdobramentos. A polícia agora se concentrará na destinação da carga apreendida.

Delegado Leonardo Brito, da Dema, usa tecnologia de mapas via satélite para monitorar desmatamentos. Foto: Arquivo/SN

“Vamos identificar o comprador, o grande empresário, o indivíduo que encomenda esses crimes. Ele será identificado e processado”, assegura o delegado.

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