Senador do Amapá relata ameaças de milícias

Randolfe Rodrigues (Rede) diz que as ameaças cresceram depois que seu projeto que revoga o decreto das armas passou pela CCJ
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Por SELES NAFES

O senador Randolfe Rodrigues (Rede-AP) registrou boletins de ocorrência na Polícia Federal e na Polícia do Senado, na tarde desta quinta-feira (13), após receber ameaças por telefone e por mensagens de texto.

O parlamentar passou a receber intimidações por mensagens de WhatsApp desde que apresentou o projeto que revoga o decreto do presidente Jair Bolsonaro (PSL), o mesmo que ampliou o porte de armas no país.

Esta semana, o projeto de Randolfe foi aprovado pela Comissão de Constituição e Justiça (CCJ), e deverá ser votado em plenário na semana que vem.

Depois que a proposta passou pela CCJ, diz ele, o tom das ameaças subiu.

“Hoje mandaram um WhatsApp dizendo que estavam entrando em contato com pessoal de segurança privada no Amapá, e que no Rio de Janeiro sabem em que casa eu fico hospedado. Disseram que me receberiam lá. E ainda hoje ligaram para o meu gabinete várias vezes e foram muito agressivos com os meus assessores”, explicou ao Portal SN.

“Também disseram que se eu não tenho segurança, que tenho que começar a ter”, acrescentou.

Ameaças não são uma novidade na carreira política de Randolfe. Na primeira década de 2000, quando era deputado estadual ainda pelo PT, ele teve os filhos e a então esposa ameaçados depois de denunciar um esquema de corrupção dentro da Assembleia Legislativa.  

Apesar do clima de apreensão, o senador diz que não irá mudar sua rotina.

“Não posso aceitar intimidação de milícia, seja ela real ou virtual. Se eu aceitasse teria que procurar outra coisa pra fazer”.

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