Por MARCO ANTÔNIO P. COSTA
Nesta quinta-feira (27) professores, pedagogos, merendeiras, inspetores e técnicos em educação da Prefeitura Municipal de Macapá (PMM) deflagraram greve. Entre as reivindicações da categoria estão: recuperação das perdas salariais de 47%, recuperação de progressões atrasadas, incorporação das gratificações e um cronograma de pagamento dos processos vencidos.
A direção da executiva municipal do Sindicato dos Professores do Estado do Amapá (Sinsepeap), informou que a data base da categoria é 1 de abril e que a primeira pauta de reivindicações foi apresentada à PMM no dia 25 de fevereiro.
“Nós insistimos muito no diálogo. A prefeitura acenou negativamente em todos os pontos que nós levantamos, não ofereceu nenhum reajuste e nem negociou qualquer outro ponto”, afirmou Iaci Ramalho, vice presidente da executiva municipal de Macapá do Sinsepeap.
O sindicato declarou também que a PMM alegou a instabilidade financeira, seja no cenário internacional quanto no nacional e que isso joga para uma imprevisibilidade sobre o crescimento da economia e do Produto Interno Bruto do país (PIB) e que, portanto, não há como conceder reajuste salarial.
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Iaci Ramalho (Sinsepeap): não há negociação, segundo o sindicalista. Foto: Marco Antônio P. Costa/SN
Neste primeiro dia de greve, os trabalhadores se concentraram em frente ao Palácio Laurindo Banha, sede da PMM, na área central de Macapá, onde fizeram suas reivindicações e protocolaram novos pedidos de atendimento. Após isso, estiveram na Câmara de Vereadores, solicitando atendimento às suas pautas na Lei de Diretrizes Orçamentárias (LDO) e na Lei Orçamentária Anual (LOA).
Adesão
Sem divulgar números, o sindicato informou que a adesão foi satisfatória e que só não foi maior pelo calendário, pois a maioria dos profissionais estão em fechamento de atividades e cadernetas. O Sinsepeap também disse que se as negociações não avançarem o retorno do recesso no mês agosto, já será com greve.
Já a Secretaria Municipal de Educação (Semed), declarou que seus profissionais não aderiram à greve e que as atividades escolares da rede seguem normalmente até o fechamento do calendário escolar nesta próxima sexta-feira (28).
Foto de capa: Sinsepeap/divulgação