Por SELES NAFES
A briga judicial entre o secretário de Fazenda do Amapá, Josenildo Abrantes, e o ex-vice-governador do Estado, Papaléo Paes (PP), chegou à esfera cível. Josenildo, que já processa Papaléo criminalmente, agora pede uma indenização de R$ 30 mil por danos morais.
O estopim da crise entre os dois foi uma entrevista coletiva concedida no dia 7 de agosto de 2017, onde Papaléo fez graves insinuações a respeito de Josenildo Abrantes. Na ocasião, Papaléo disse que o padrão de vida supostamente exposto nas redes sociais do secretário não combinava com o salário dele de R$ 9 mil (líquidos).
“Guardem o que estou dizendo. Esse Josenildo ainda vai dar muito problema para este governo”, disparou na coletiva, onde também anunciou que estava renunciando ao cargo de vice-governador. Papaléo não tinha aceitado ser trocado pelo empresário Jaime Nunes (Pros) na chapa de Waldez Góes (PDT) pela reeleição.
Na ação, Abrantes diz que as insinuações foram “ofensivas, fantasiosas, levianas e mentirosas”. Além da indenização, ele pede que as custas processuais sejam arcadas pelo ex-vice, assim como os honorários advocatícios.
Ele ainda quer que Papaléo publique por 30 dias, em jornal de grande circulação, o teor da sentença condenatória com um pedido de desculpas.
Em maio, a 1ª Vara Criminal rejeitou ação penal movida por Abrantes contra Papaléo, porque o secretário não teria recolhido antecipadamente as custas processuais. Abrantes diz que não foi avisado, e recorre da decisão.
Papaléo Paes tem preferido não comentar o assunto, para aguardar decisão da Justiça.