Por SELES NAFES
O laudo pericial ainda não está pronto e também não há prisões. Mesmo assim, a Polícia Civil do Amapá já tem informações importantes sobre a dinâmica dos homicídios ocorridos neste fim de semana, em um sítio no Ramal do Piaçacá, a 2 km da BR-156 Sul. Érica Pinheiro, de 25 anos, começou a levar as facadas ainda dentro da casa, e tentou fugir.
“Há uma pegada dela no sangue dentro da casa”, revelou uma fonte que integra a equipe de investigação.
Os corpos de Érica e do técnico de enfermagem Rudivaldo Queiroz, de 56 anos, foram descobertos na tarde deste domingo (14). Eles provavelmente foram mortos no dia anterior.
Os dois estavam com roupas íntimas, e também há muitos hematomas nos corpos, o que pode indicar que eles foram espancados.
Quem estava mais ferida era Érica, com várias perfurações no tórax. Os indícios são de que ela começou a ser agredida dentro da residência, mas conseguiu sair. No entanto, acabou desmaiando a pouco metros da casa.
“O corpo dela estava num ramal a 20 metros da casa. Ela estava supostamente em fuga, mas muito ferida acabou vindo à óbito”, relata a fonte.
Já o corpo de Ruy, como era conhecido no setor da saúde, foi encontrado numa escadaria entre o igarapé e a casa.
“Ele foi morto com apenas uma perfuração no peito”.
Ainda não é possível afirmar quem foi morto primeiro, e quantas pessoas participaram do crime.
Outra dúvida, que começa a ser esclarecida, é o tipo do crime.
“Pelo que me foi relatado, trata-se de um duplo homicídio, e não de um latrocínio. Se fosse, o caso ficaria comigo”, explicou a delegada Luiza Maia, da 2ª DP de Santana.
O Portal SN tenta contato com o delegado Victor Crispin, a 1ª DP de Santana, que deverá ser encarregado do inquérito.
A picape do técnico de enfermagem foi encontrada na rotatória do KM-9, próximo do posto da Polícia Rodoviária Federal. A suspeita é de que os assassinos fugiram no carro de Ruy. O veículo, uma Savana, foi periciado e devolvido à família da vítima.