Fábrica da Jari Celulose suspende operações, e impacta economia no Sul do Amapá

Afundada em dívidas, empresa pediu recuperação judicial
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Por SELES NAFES

A fábrica da Jari Celulose, localizada na divisa entre o Pará e o Amapá, no município paraense de Almeirim, paralisou as atividades, segundo trabalhadores que estão em greve há 12 dias. A empresa, que teve aprovado um pedido de recuperação judicial, não paga os salários dos 700 funcionários desde maio.

De acordo com o sindicato, 180 funcionários foram demitidos nos últimos dias. Além dos trabalhadores, mais de 2 mil profissionais estão em situação parecida nas prestadoras de serviços contratadas pela Jari.

A empresa tem um empréstimo de R$ 600 milhões que já tentou renegociar com o BNDES, mas não conseguiu. A estimativa é de que a dívida total beire R$ 1 bilhão. 

Com o pedido de recuperação judicial, a empresa terá dívidas e juros congelados, e terá mais prazo para fazer a quitação. No entanto, a justiça ainda aguarda o planejamento da empresa.

Enquanto a crise não termina, a economia de Laranjal do Jari e de Vitória do Jari, municípios amapaenses vizinhos ao projeto, sofre os impactos. A maioria dos 2,7 mil trabalhadores diretos e indiretos mora nessas duas cidades. 

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