Por MARCO ANTÔNIO P. COSTA
Depois de vários meses de alta no preço da gasolina, os motoristas amapaenses, finalmente, puderam experimentar o combustível um pouco mais em conta.
Na capital, Macapá, nesta sexta-feira (12), alguns postos cobraram R$ 3,65 por litro da gasolina e outros preços próximos a este valor. Há alguns meses, o preço médio ultrapassava os R$ 4.
A redução se deve, principalmente, ao anúncio da redução de preços nas refinarias feito pela Petrobrás na última segunda-feira (8). A queda do diesel nas refinarias ficou em 3,8%, enquanto que a gasolina baixou 4,3%.
A flutuação do preço dos combustíveis tem sido constante em todo país desde 2017, quando a Petrobrás adotou uma nova política de preços. De lá para cá, a gasolina acumula um aumento de 28,4% e a o diesel de 52,02%.
Comparação
A reportagem do Portal SelesNafes.com verificou, para termos comparativos, os preços da gasolina no Distrito Federal e no Rio de Janeiro – unidades que, em geral, refletem os mais altos custos do produto no país. Em Brasília (DF), a média de preço está mais próxima do praticado no Amapá e, após as reduções dessa semana, o valor nas bombas é de aproximadamente R$ 4.
Já no Rio de Janeiro (RJ), estado que tem um dos combustíveis mais caros do país, o preço está em torno R$ 4,89, enquanto que o diesel é comercializado a R$ 3,49.
Diferença de preços
Para os postos de gasolina é mais interessante quando o preço nas refinarias cai porque significa um número maior de vendas, mantendo-se a taxa de lucros.
“Para nós, o mais importante é vender bastante e quando acontece isso que aconteceu agora, do preço baixar na refinaria, a gente comemora e repassa para o cliente”, afirmou a supervisora de um posto capital, Kelle Souza, de 28 anos.
As leis de mercado e o custo do frete influenciam bastante no preço da gasolina, principalmente no caso do Amapá, que está geograficamente distante das refinarias. Estes fatores incidem no preço final dos combustíveis.
Contudo, impostos de natureza estadual, como o Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Serviços (ICMS), ajudam a explicar a grande diferença de preços entre as unidades da Federação.
No Amapá, por exemplo, desde que a alíquota cobrada em cima do diesel – que antes era de 17% e em 2016 passou para 25% iguais aos da gasolina –, deixaram de ser vantajosos os veículos a diesel, que, historicamente, tinha um preço bem inferior ao da gasolina.