Da REDAÇÃO
O grupo interministerial criado pelo Ministério Público Federal para apurar a morte e invasão de terras Waiãpi, na região central do Amapá, afirma que ainda é cedo para definir a autoria do homicídio de um cacique, ocorrido na semana passada. Os índios responsabilizam garimpeiros pelo crime.
O grupo foi formado neste domingo (28), e conta com a participação do Ministério Público do Estado, Polícia Federal, Secretaria de Segurança do Estado, Exército e Funai.
Policiais do Bope e da Polícia Federal estão nas terras Waiãpi desde o começo da manhã de domingo. Eles ainda enfrentariam uma longa jornada de barco e a pé até chegarem ao local onde os garimpeiros estariam acampados, segundo relatos dos indígenas. Na manhã desta segunda-feira (29), o Portal SelesNafes.Com não conseguiu contato com o comando da Polícia Militar.
Além de não descartarem qualquer hipótese para o motivo do homicídio, as autoridades deixaram claro que ainda não é possível afirmar a autoria.
Ontem, policiais do Bope confirmaram ao comando da PM que o índio foi emasculado, ou seja, teve o saco escrotal retirado e recebeu muitas facadas na região pélvica, abaixo da barriga. O comandante da PM, coronel Paulo Mathias, disse que o crime tem características de vingança.
O MPF instaurou inquérito para apurar todos os fatos.