Nogueira quer voltar a ser prefeito

Condenado no esquema das carteiras do Detran, Nogueira recebeu aval do partido para ser pré-candidato e viabilizar alianças
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Por SELES NAFES

Prefeito por dois mandatos, Antônio Nogueira (PT) quer voltar a comandar o município de Santana, apesar da condenação (que ele ainda cumpre pena) no processo que apurou fraudes na emissão de carteiras de habilitação no Detran do Amapá, na eleição de 2002. Ontem (5), ele deu o primeiro passo para isso, mas a tarefa de se credenciar não será nada simples.

A executiva do partido em Santana autorizou o ex-prefeito, que também preside o partido no Amapá, a liderar uma frente para viabilizar candidaturas em 2020, entre elas a dele próprio.

Nogueira alega que o objetivo é apresentar uma proposta de desenvolvimento para a cidade, que ele afirma ter paralisado após seus dois mandatos, entre 2005 e 2012.

“A proposta consiste em unificarmos pré-candidaturas que sejam de pensamento de esquerda e de centro-esquerda e que tenham como objetivo central o desenvolvimento do município. Após a aprovação conjunta de critérios, iremos escolher apenas um candidato ou uma candidata, que terá o apoio de todos os outros”, explica o ex-prefeito.

O PT espera definir até dezembro quem será o candidato. Antes, no entanto, vai tentar resgatar antigos parceiros dispersos, como BalaRocha (Solidariedade), Roseli Matos (PP) e até a deputada federal Professora Marcivânia (PCdoB).

Nogueira, que rompeu com a deputada provocando a saída dela do PT, disse esperar ter a oportunidade de conversar com ela e outra liderança, a Professora Zilma, hoje no PDT.

2015: Deputada Marcivânia será procurada. Fotos: Arquivo/SN

Inelegibilidade

Nogueira sabe que as decisões políticas representam apenas 50% do processo a ser percorrido para ele. A outra metade é jurídica. Ele cumpre pena em regime semiaberto domiciliar, mas espera reverter tudo até 2020.

“Temos procedimentos jurídicos em curso que poderão garantir”, comentou.

“Aguardarei até o final de dezembro (2019). Em não resolvendo, haverá escolha interna de um outro nome para representar o PT nessa frente”, acrescentou.

O PT de Santana também tem problemas. A Justiça Eleitoral rejeitou as contas da campanha de 2018, e a legenda poderá ficar sem o fundo eleitoral na campanha de 2020.

“(A rejeição) É sobre as eleições de 2018 e não sobre a conta partidária de 2018, que já foi feita, tempestivamente”, ponderou.

Seles Nafes
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