“Por que a política precisa de renovação?”

Ambiente é favorável a mudanças no Brasil e no Amapá
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Por CARLOS SÉRGIO MONTEIRO, advogado, jornalista e consultor político

Nossa Carta Magna de 1988, a carta cidadã, estabelece em seu Art. 1º, Parágrafo Único:”Todo o poder emana do povo, que o exerce por meio de representantes eleitos ou diretamente, nos termos desta constituição“.

É do povo que emana o poder em uma democracia, dentro do sistema representativo, via eleitores que equivalem à integralidade da população.

De dois em dois anos, os brasileiros vão às urnas no dever cívico de votar para escolher os seus governantes e representantes das casas legislativas. Somos ainda uma democracia recente, do voto obrigatório, onde quem não justificar a ausência recebe severas punições.

Nas urnas, o povo já colocou e retirou políticos de diferentes espectros ideológicos. Foto: arquivo SN

Esse exercício de cidadania, que se alterna de dois em dois anos com eleições para prefeitos e vereadores, e eleições para presidente da República, governadores, senadores, deputados federais e estaduais, dá a oportunidade ao eleitor de permanecer ou renovar a política no seu município, estado e na União.

A redemocratização do país, a partir da eleição de 1989, permitiu fazermos alternância no poder, ideologias díspares, iniciada com o jovem Fernando Collor de Melo que chegou à Presidência da República, que no curso do mandato sofreu impeachment (1992).

Decepcionados, os brasileiros foram às urnas oportunizar ao sociólogo e intelectual Fernando Henrique Cardoso (FHC) o cargo máximo da nação, para em seguida depositar todas as suas esperanças no trabalhador retirante e sindicalista Luiz Inácio Lula da Silva.

Poder exercido por políticos emana diretamente do povo, que os elege. Foto: reprodução/internet

A primeira presidente mulher do Brasil, Dilma Rousseff, veio pelas mãos do presidente mais popular dos últimos tempos, Lula, que acabou, também, impeachmada pelos votos dos congressistas, abrindo uma lacuna para a volta dos militares ao poder com o capitão da reserva, Jair Messias Bolsonaro, que se elegeu presidente do Brasil com 57.797.847 (55,13%) votos dos brasileiros.

No Amapá, a alternância política tem sido familiar, o que nos oportuniza quebrar este paradigma nas eleições de 2020. O ambiente político/eleitoral é propício para aposentar os velhos caciques, as velhas raposas que tentam de qualquer forma se perpetuarem nos cargos eletivos. É hora de renovação, de banir práticas sistêmicas que se enraizaram na política e nas eleições. O momento exige renovação.

Foto de capa: reprodução

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