Por SELES NAFES
O Amapá está entre os 9 estados que conseguiram reduzir despesas em relação ao primeiro semestre do ano passado, segundo relatório divulgado ontem (19) pela Secretaria do Tesouro Nacional. As despesas do governo caíram 7%.
Redução de gastos com pessoal, combustível, adoção da vigilância eletrônica de prédios públicos e diminuição de despesas com material de expediente estão entre os itens que mais influenciaram o resultado, segundo análise da Secretaria de Planejamento do Estado (Seplan).
A lista dos 9 estados que conseguiram economizar tem: Acre, Alagoas, Maranhão, Mato Grosso, Tocantins, Piauí, Minas Gerais, Roraima e Amapá. Já estados como Amazonas e Mato Grosso tiveram aumento de despesas em 14%.
No início do ano, o governador Waldez Góes (PDT) anunciou a criação de um comitê para enxugar as despesas em todos os órgãos estaduais, especialmente com pessoal, consumo e contratos. O comitê, formado por vários órgãos de controle, é presidido pelo vice-governador, Jaime Nunes (Pros).
A meta para pessoal era de redução em 20%, mas ainda não foi alcançada.
“Até agora conseguimos metade desse objetivo, reduzindo contratos administrativos e cargos de confiança”, explica o secretário de Planejamento do Amapá, Eduardo Tavares.
Outras razões para a redução foram, de acordo com a Seplan: modernização no sistema de abastecimento de combustível da frota do governo; vigilância eletrônica nas secretarias; informatização de rotinas que passaram a eliminar gastos com papel e outros materiais.
“E as há outras medidas em andamento, que dependem de licitação”, adianta.
Receita
De acordo com o Tesouro Nacional, alguns estados tiveram aumento de receita. No Amapá, por exemplo, essa variação positiva foi de 35% ao longo de seis meses.
A Seplan confirma o aumento, mas diz que a oscilação tem servido apenas para amortizar o déficit de arrecadação estimado em R$ 1 bilhão.
Apesar dos resultados positivos, os restos a pagar de um ano para o outro aumentaram. Em 2015, o governo começou o ano devendo R$ 555 milhões, e terminou 2018 com R$1.023 bilhão.