Por SELES NAFES
O atual deputado federal Acácio Favacho (PROS-AP) simulou o aluguel de veículos para desviar dinheiro público quando era presidente da Câmara de Vereadores de Macapá. É o que afirma o Ministério Público do Estado, numa ação penal movida na 4ª Vara Criminal de Macapá contra o parlamentar e dois ex-assessores. Os três são acusados de peculato e falsidade ideológica.
De acordo com a denúncia entregue à justiça após inquérito, entre janeiro e abril de 2016 eles teriam usado notas fiscais frias referentes a falsos alugueis para se apropriar de R$ 36 mil da verba indenizatória. Em valores atuais, mais de R$ 57 mil. O MP concluiu que os dois carros, que pertenciam ao dono da empresa e a uma irmã dele, nunca foram, de fato, alugados.
A denúncia é baseada em documentos apreendidos durante a “Operação Nota Fria”, realizada em junho deste ano pelo MP, e também no depoimento de um empresário que faleceu durante o curso das investigações que começaram ainda em 2017.
Erivaldo Frota Aguiar, que era dono de uma empresa de refrigeração, ou seja, não tinha um negócio de aluguel de automóveis, chegou a firmar acordo de delação premiada que foi homologado pelo juízo da 4ª Vara Criminal. No entanto, no dia 3 de agosto de 2018, ele morreu de causas naturais.
Durante as investigações, ele afirmou que foi procurado por um assessor de Acácio para emitir as quatro notas fiscais com valores entre R$ 8 mil e R$ 12 mil, dinheiro que depois foi ressarcido ao então presidente durante os quatro meses, segundo denúncia do MP.
A ação que tramita na 4ª Vara Criminal ainda não foi aceita pela justiça, portanto, o deputado ainda não é réu na ação.
O Portal SelesNafes.Com tenta contato com a assessoria do parlamentar.