Por MARCO ANTÔNIO P. COSTA
Nesta segunda-feira (5), a Superintendência de Vigilância em Saúde do Amapá (SVS) iniciou o 1º Seminário de Monitoramento das Atividades de Controle da Malária do Estado do Amapá. O seminário é realizado após um aumento de 8% na incidência dos casos de malária no Estado.
A SVS já detectou a existência de um corredor da malária com áreas e municípios que mais preocupam. Mazagão, Santana, Porto Grande e Pedra Branca do Amapari concentram o maior número de casos.
Entretanto, foram nas áreas indígenas que os casos tiveram maior incidência. Tanto as aldeias indígenas da região Wayãpi em Pedra Branca do Amari, na região central do Amapá, quanto ao norte, nas terras indígenas do Oiapoque, a incidência cresceu aproximadamente 25%, elevando a taxa geral de crescimento no Amapá.
Malária
Diferentemente da dengue, chikungunya e zika, que são transmitidos pelo mosquito Aedes aegypti, a malária tem prevalência nas áreas rurais pelas características do seu vetor, a fêmea do mosquito Anopheles darlingi. A Amazônia concentra cerca de 90% dos casos de malária do Brasil, pelo clima tropical e úmido e pelas densas matas, com populações indígenas e de não indígenas em áreas remotas.
São esses desafios e características peculiares do Estado, da doença e das estratégias de controle e combate à malária que o seminário está abordando.
“Aqui tem prefeitos, secretários de saúde, técnicos de vigilância em saúde dos municípios, Ministério da Saúde e o Distrito Sanitário Especial Indígena (Dsei), porque fechamos uma cooperação técnica com o departamento indígena. Esse é o primeiro seminário e estou seguro que, com muito trabalho, podemos reverter esses números. Até 2030, pelas metas federais estabelecidas, podemos até eliminar a malária em algumas regiões e municípios e reduzir no Estado todo, notadamente em Amapá, Calçoene, Pracuúba e Itaúbal”, declarou o superintendente de vigilância em saúde do Amapá, Dorinaldo Malafaia.
O seminário ocorrerá durante toda essa semana e terá encerramento na próxima sexta-feira (9).