Por SELES NAFES
O empresário e DJ Alan Cristopher, proprietário do bar onde um policial civil abriu fogo e deixou quatro pessoas feridas, em Macapá, divulgou um vídeo nesta segunda-feira (5) onde chama o agente de “bandido de alta periculosidade”, e que “a mão de Deus salvou todo mundo”.
Foi a primeira vez que o empresário se pronunciou sobre o episódio, ocorrido na madrugada da última sexta-feira (2), no bar Don Corleone, na avenida Feliciano Coelho, no bairro do Trem.
O local foi invadido pelo policial civil Sanderlei Barreto, no momento em que ocorria um show. Ele disparou deixando vários feridos, entre eles um turista do Rio de Janeiro que conhecia a cidade depois de participar de um evento na Unifap. Um vendedor de bombons também ficou ferido.
“Alvejou um bomboseiro que estava trabalhando para pagar o aluguel e não ser despejado”, disse em tom de revolta.
Ele enalteceu a atuação dos seguranças, e condenou a atitude do policial Sanderlei Barreto, que já tem condenação por ter atirado em outra pessoa também numa confusão de bar.
“É policial 24 horas por dia. Recebe um salário astronômico (…) mas se trata de um bandido da mais alta periculosidade. Ele já alvejou uma pessoa, e nada foi feito com ele. Continuou com a sua arma e seu histórico de violência, e quase numa chacina”, comentou
O empresário diz não acreditar que a Polícia Civil esteja sendo negligente na apuração dos fatos, e acusou o policial de ainda comemorar o que havia feito.
“Eu acredito que ele (policial) fez isso de forma pensada. Estava em outro bar comemorando o que tinha feito. (…) Eu me sinto desprotegido”.
Hoje, a Corregedoria da Polícia Civil anunciou que afastou por três meses o agente Sanderlei Barreto, enquanto dura o processo administrativo contra ele. Barreto prestou depoimento, e, apesar de ter deixado quatro feridos, garantiu que não mirou a arma dele em ninguém.
Segundo o delegado Sávio Pinto, o policial havia discutido momentos antes com uma jovem, e alegou que teria sido agredido por seguranças do bar, o que teria originado o ataque de fúria.
O policial se apresentou à delegacia de polícia no dia seguinte, e foi liberado para responder em liberdade.