Por LEONARDO MELO
Na tarde desta quinta-feira (1), um incêndio atingiu pelos menos sete embarcações no Igarapé da Fortaleza, no município de Santana, a 17 quilômetros de Macapá. Segundo testemunhas, o sinistro começou após um pequeno barco que transportava açaí ter explodido e ter sido empurrado pelo vento em direção aos demais, que estavam ancorados.
Pelo menos duas pessoas ficaram feridas e não há, até o momento, informações de outras vítimas a bordo. Neste momento, equipes do Corpo de Bombeiros Militar (CBM), do 1º, 4º e 5º grupamentos, conseguiram controlar as chamas e preparam mergulhadores para a busca por possíveis novas vítimas.
Pernas queimadas: um dos sobreviventes é resgatado por populares. Foto: reprodução
Vento empurrou embarcação em chamas para perto de outros barcos. Foto: reprodução
De acordo com o CBM, entre as pessoas que estavam nas embarcações estão comerciantes de açaí que tiveram perda total em pelo menos dois barcos. A embarcação onde as chamas teriam começado se chama “Maria Eduarda” e trazia açaí para Santana da região de Breves, no Estado do Pará.
As vítimas que foram retiradas do local do acidente foram identificadas como Paulo dos Santos Gonçalves, de 18 anos, e Micael Machado dos Prazeres, de 39 anos, ambos paraenses. Eles foram socorridos por meios próprios e conduzidos até o Hospital de Emergência de Macapá. Ainda não há informações sobre o estado de saúde dos dois.
Major Edgar: fogo se espalha mais rápido em embarcações de madeira. Foto: Leonardo Melo/SN
“Vi quando estourou perto da balsa, estava ocorrendo um incêndio. Aí, eu disse para o meu marido para corrermos porque o barco estava vindo pra cima. Aí o botijão começou a explodir em nosso barco também. Saí com meu filho de 2 anos correndo”, relatou Marisa Lima, esposa de um dos comerciantes que teve o barco atingido pelas chamas e perdeu tudo.
Fogo é apagado após chegada dos bombeiros. Foto: Leonardo Melo/SN
Segundo o major Edgar, do CBM, será investigado se havia estoque de combustível nos veículos aquáticos. A Marinha do Brasil e o Corpo de Bombeiros farão a perícia no local.
“Essas ocorrências têm sido constantes. Por serem de madeira [as embarcações], acabam espalhando muito rápido o fogo. A região é de difícil acesso, uma viatura do CBM chegou a ficar atolada no caminho. Agora, os mergulhadores estão no local”, explicou o major.