Por SELES NAFES
O soldado da Polícia Militar do Amapá, Kassyo de Mangas, vai a júri popular pela morte da ex-companheira, a também policial militar, Emily Karine, assassinada aos 29 anos, há quase um ano. Ele permanecerá preso até o julgamento.
A decisão do dia 1º de agosto foi do juiz Luiz Nazareno Hausseler, da 1ª Vara do Tribunal do Júri da Comarca de Macapá. O magistrado lembrou que a perícia concluiu que houve meio cruel no crime.
Segundo laudo da balística, os tiros disparados pelo PM na ex-companheira, com uma pistola .40, foram efetuados “devagar”, como se fosse uma tortura.
O feminicídio ocorreu na tarde do dia 12 de agosto de 2018, véspera do Dia dos Pais, no apartamento da policial, que morreu a caminho do hospital. Segundo a polícia, Kassyo de Mangas não aceitava o fim do relacionamento.
O policial fugiu no carro da vítima e só se apresentou dois dias depois. Logo em seguida, ele teve a prisão preventiva decretada.
Sobre o pedido de liberdade feito pela defesa, o juiz do Tribunal do Júri avaliou que o PM é uma pessoa violenta e capaz de cometer atos semelhantes, oferecendo risco à ordem pública.
Ao pronunciar Kassyo como réu, Hausseler lembrou que todas as testemunhas só concordaram em prestar depois sem a presença do acusado. A data do julgamento ainda não foi marcada.