Mangas vai a júri popular pela morte de Emyli

Soldado da PM, Kassyo de Magas matou a ex-companheira na casa dela, no Bairro Pacoval, em Macapá, em agosto de 2018.
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Por SELES NAFES

O soldado da Polícia Militar do Amapá, Kassyo de Mangas, vai a júri popular pela morte da ex-companheira, a também policial militar, Emily Karine, assassinada aos 29 anos, há quase um ano. Ele permanecerá preso até o julgamento.

A decisão do dia 1º de agosto foi do juiz Luiz Nazareno Hausseler, da 1ª Vara do Tribunal do Júri da Comarca de Macapá. O magistrado lembrou que a perícia concluiu que houve meio cruel no crime.

Imagem de quando Kassyo chegou na delegacia para se entregar. Fotos: Arquivo/SN

Segundo laudo da balística, os tiros disparados pelo PM na ex-companheira, com uma pistola .40, foram efetuados “devagar”, como se fosse uma tortura.

O feminicídio ocorreu na tarde do dia 12 de agosto de 2018, véspera do Dia dos Pais, no apartamento da policial, que morreu a caminho do hospital. Segundo a polícia, Kassyo de Mangas não aceitava o fim do relacionamento.

O policial fugiu no carro da vítima e só se apresentou dois dias depois. Logo em seguida, ele teve a prisão preventiva decretada.

A cabo Emily Karine: foi assassinada a tiros na residência em que morava, em agosto. Foto: reprodução/rede social

Sobre o pedido de liberdade feito pela defesa, o juiz do Tribunal do Júri avaliou que o PM é uma pessoa violenta e capaz de cometer atos semelhantes, oferecendo risco à ordem pública.

Ao pronunciar Kassyo como réu, Hausseler lembrou que todas as testemunhas só concordaram em prestar depois sem a presença do acusado. A data do julgamento ainda não foi marcada.

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