Por SELES NAFES
Eles vão chegando aos poucos e animados, sempre depois das 22h, a cada quinta-feira. Se destaca quem tem o som mais potente. Alguns equipamentos ocupam todo o porta-malas do carro. O cenário é o estacionamento do Parque do Forte, na orla de Macapá. O local virou palco de “competição” de sons automotivos, bebedeiras e até de brigas.
Como o local é aberto, os proprietários de carros acreditam que não serão “importunados” por moradores “chatos”, incomodados com o volume alto e gritaria. Um equívoco. Apesar de ser um ponto turístico, há muitas residências próximas, e os moradores têm razões de sobra para estarem preocupados.
O mesmo ocorre na rampa de embarque e desembarque do Santa Inês, bairro próximo do centro comercial.
“Estamos sofrendo há mais de 2 anos com a falta de fiscalização por parte do poder público. Estão acontecendo diariamente as festas com som automotivo nesses dois locais que não estão deixando nós moradores termos o nosso sossego adequado”, queixa-se um morador.
“Além da perturbação de sossego por som automotivo, quase todos os dias acontece briga generalizada. E pior: uso de drogas entre menores de idade é normal nesses dois locais”, garante.
Os moradores relatam que os encontros começam na quinta e se repetem todos os dias até o domingo. Nos outros dias da semana, o local é usado para encontros sexuais, afirmam.
Violência
As brigas também são bastante comuns, como a que ocorreu no último fim de semana envolvendo vários jovens. Ninguém foi preso, mas vários frequentadores postaram momentos da briga em suas redes sociais com frases do tipo “eu falei que foi onda”.
A comunicação social da PM informou que essa região é área de atuação do 6º Batalhão da PM, e que existe um policiamento exclusivo para o local.
“Vamos intensificar o policiamento em conjunto com o Batalhão Ambiental, visto a natureza da ocorrência. Em outros anos, ocorreu a mesma situação. Mas, com o emprego de Operações ‘Saturação’, rondas e abordagens, conseguimos zerar esse tipo de ocorrência nesse local. Vamos utilizar a mesma estratégia”, adiantou a tenente Annie, da Comunicação Social da PM.