“As missões eram sempre espinhosas”, diz guarda territorial em reencontro de veteranos da PM

Comando-geral da PM promoveu evento com policiais, bombeiros e guardas do antigo território federal
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Por OLHO DE BOTO

Recordar os tempos em atividade foi o objetivo de um grupo de policias militares e bombeiros militares da reserva do Amapá. Dos armamentos e veículos usados nas rondas, passando pelos instrumentos para o trabalho administrativo, como a máquina de escrever, até os velhos aparelhos televisores foram levados para o encontro, no Comando Geral da PM, em Macapá.

O evento foi promovido pelo comandante da Polícia Militar do Amapá, o coronel Paulo Matias, e aconteceu no fim de semana. 

Veteranos participaram de encontro no Comando-geral. Fotos: Olho de Boto/SN

Na oportunidade, ex-guardas-territoriais do antigo Território Federal do Amapá também aproveitaram para viver o momento de nostalgia.  

É o caso do inspetor Lino, de 80 anos (foto de capa). Ele ingressou no órgão de segurança em 1963 e conta que atualmente mora na cidade de Goiânia, no Estado de Goiás, e que veio ao Amapá para prestigiar a programação e encontrar com os companheiros de trabalho da época. 

“Quando entrei, tínhamos 120 guardas. As nossas missões eram sempre espinhosas, mas sempre tivemos êxito. Amo essa farda, só vou abandonar quando morrer”, disse o inspetor Lino, que está há 30 anos aposentado.

Fusca era o modelo da viatura usada pela PM do AP

O guarda relembra ainda dos instrumentos de trabalho do seu tempo: o cassetete, um jipe e com bom humor fala sobre o televisor que ficava no posto de trabalho.

“Tinha só uma televisão, só chuvisco, a dificuldade era demais”, disse rindo.

Coronel Admirson e major Nascimento: dever cumprido

Outros dois militares que participaram do reencontro foram o coronel Admirson, ex-comandante do 4º Batalhão, de Santana, e o major Nascimento, do Corpo de Bombeiros Militar (CBM).

“Estou na reserva há cinco anos, depois de 33 anos servindo à sociedade, com muito orgulho. O afastamento dói, mas temos que nos preparar para a reserva. A gente sente falta do companheirismo, do que deixamos, é uma família que a gente deixa”, disse o coronel Admirson.

Momento de reencontro…

 

… e lazer

O aposentado do CBM, Arimateia, serviu na PM e nos bombeiros. Para ele, é um prazer relembrar as velhas histórias. 

“Já são oito anos na reserva. Participo de corrida de rua para não perder o condicionamento. Costumava falar que quando estava na ativa o militar é pago para fazer atividade física, nós não podemos perder isso”, disse Arimateia.

Comandante da PM-AP, Paulo Matias: dia de emoção

Programação

De acordo com o comandante Paulo Matias, o reencontro dos veteranos contou com atividades como homenagens, hasteamento da bandeira, pronunciamentos de coronéis e soldados, aferição da pressão, jogos de futsal, tiro ao alvo e palestra de incentivo e projeto de vida após saída da instituição.

“Existia um anseio grande dos PM’s de serem reconhecidos com homenagens. Foi um dia de emoção e de matar saudade. A reserva é o momento em que temos que nos desligar e dar esse tempo à nossa família e nosso lazer”, disse o comandante da PM.

Seles Nafes
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