Por OLHO DE BOTO
Um ex-detento do Instituto de Administração Penitenciária do Amapá (Iapen) foi preso depois de invadir um comércio, fazer uma vítima de refém e ainda atirar na polícia. Antes, o criminoso tinha tentado matar um desafeto a tiros no habitacional São José, no bairro do Buritizal, na zona sul de Macapá.
A sequência de crimes começou por volta de 23h e terminou a 1h da madrugada desta quarta-feira (4), quando Dirivan Barros Marques, de 25 anos, se rendeu à Polícia Militar.
Segundo o capitão Wilkinson, do Batalhão de Operações Especiais (Bope), o objetivo do ex-detento era matar um outro criminoso, no entanto, ele errou o alvo apesar dos cinco tiros disparados.
Policiais do 1º BPM e Bope cercaram o local. Fotos: Olho de Boto
Após o tiroteio, Dirivan Barros foi impedido de fugir por uma equipe do 1º BPM que estava nas proximidades. Ele ainda correu por alguns quarteirões do bairro, até chegar na rua Santos Dumont, onde ficou sem saída e invadiu um comércio.
O proprietário conseguiu escapar, porém, o filho de 35 ano não teve a mesma sorte. Ele ficou para trás e foi rendido sob a mira de uma pistola calibre 380. Logo, o local foi cercado e o Bope acionado.
A negociação ficou tensa quando o criminoso disparou em direção aos negociadores da crise. O bandido começou a ingerir bebida alcoólica, inclusive, já apresentava sinais de embriaguez.
Bandido se entregou quando percebeu que tinha perdido o controle da situação
Pistola ainda tinha muita munição para ser usada
A todo o instante, ele mantinha o dedo no gatilho e a arma apontada para a cabeça da vítima, comportamento que aumentou a preocupação e a cautela durante a negociação.
“Daí em adiante ele começou a ameaçar ainda mais a vítima colocando a arma na nuca. Ele já não concatenava mais as ideias, o álcool começou a interferir. Quando ele percebeu que não estava mais com o domínio das suas ações, ele solicitou a família e a imprensa”, explicou o capitão.
Contudo, ele se rendeu duas horas depois na presença de um jornalista e de uma irmã. Segundo o Bope, a arma apreendida com ele ainda tinha bastante munição.
Dirivan Barros já havia cumprindo 5 anos de prisão pelo crime de roubo e estava cumprindo o restante da pena em liberdade com restrições.