Por OLHO DE BOTO
Um homem de 24 anos com passagem na polícia por crime de tráfico de drogas, foi assassinado a tiros na noite desta terça-feira (24) dentro da casa onde morava. Bruno dos Santos Cardoso foi executado a tiros.
O endereço é esquina da avenida Anhanguera com a rua Jovino Dinoá, no bairro Beirol, zona sul de Macapá – a um quarteirão do quartel da Polícia Militar. O crime ocorreu por volta de 20h. A autoria ainda é desconhecida.
De acordo com testemunhas, três homens chegaram ao local em um carro modelo celta, de cor prata. Enquanto um deles aguardava do lado de fora, os comparsas pularam o muro da residência e invadiram o quarto da vítima, que foi atingida com ao menos cinco disparos.
Assim que o Ciodes passou a informação sobre os tiros, rapidamente uma equipe do Batalhão de Operações Especiais (Bope) chegou ao local. Mas, os criminosos já haviam fugido.
De acordo com o capitão Hércules Lucena, na cena do crime, a polícia observou cápsulas de calibres ponto 40 e 380, colhidos como provas pela perícia. Os militares também vasculharam a casa e encontraram uma pistola carregada com 15 munições ponto 40. A arma estava escondida em um cesto de roupas sujas.
Além da pistola, uma motocicleta foi encontrada no quintal da residência. A princípio o veículo estava em situação regular, mas os militares olharam mais minuciosamente e descobriram, através da numeração do motor, que a moto era roubada e já teria sido vista sendo usada em assaltos em Macapá.
Acerto de contas
Segundo Hércules Lucena, a própria família do jovem assassinado informou que ele seria envolvido com uma facção criminosa.
Através de trocas de informação com a polícia do Pará, o Bope descobriu que Bruno havia sido preso no mês de maio deste ano, na capital paraense, Belém, com outros suspeitos em poder de 4 kg de cocaína e armas de fogo.
Esse histórico criminal, aliado à arma e à moto roubada encontradas na casa de Bruno, levam a polícia a acreditar que a execução dele é um acerto de contas.
“Ainda não temos ideia da autoria, mas a perícia encontrou bastantes vestígios na cena do crime. Ao que tudo indica, a vítima pode ter sido surpreendida, pois tinha uma arma, mas não teve chance de usá-la. Já estamos investigando”, comentou no local do crime o delegado César Ávila, da Delegacia Especializada de Crimes Contra a Pessoa (Decipe).