Por MARCO ANTÔNIO P. COSTA
Uma mistura de sentimentos toma conta de moradores de seis avenidas do Bairro Cidade Nova, na zona leste de Macapá. Por um lado, estão muito contentes com o início das tão esperadas obras de drenagem e pavimentação em suas ruas, fato que aguardam há cerca de 20 anos. Por outro, estão sofrendo os transtornos comuns que uma obra causa, além da preocupação de que a mesma seja abandonada antes da sua conclusão.
A Prefeitura Municipal de Macapá (PMM) informou que na última quinta-feira (29), através da Secretaria Municipal de Obras e Infraestrutura Urbana (Semob), deu início às obras em algumas ruas.
Essa primeira etapa está sendo realizada com recursos do tesouro municipal e, em seguida, entrará em ação a empresa licitada para realizar o serviço de pavimentação das ruas. O modelo da pavimentação será o de blocos de concreto sextavo. Além disso, serão colocados meio fio e sarjetas.
“A prefeitura formulou o projeto, cadastrou no Programa Calha Norte e conseguiu aprovação. Iniciamos o trabalho de macrodrenagem para dar solução ao acúmulo de água. Instalaremos mais de 600 metros de tubulação de concreto, que darão vazão às águas pluviais. Somente após a conclusão desse serviço é que a empresa licitada iniciará a pavimentação das vias”, declarou o secretário de Obras do Município, David Covre.
A segunda etapa da obra, a pavimentação em si, será realizada com recursos de emenda parlamentar, indicadas pelo ex-senador João Capiberibe (PSB), de R$ 434,4 mil e pela ex-deputada federal Janete Capiberibe (PSB), de R$ 500 mil.
Moradores
Enquanto chegava no local, a reportagem encontrou com o morador da Avenida Manoel Domingos Medina, o senhor José Silva de Souza, de 50 anos, com um balde de água jogando na frente da sua casa, afim de conter a poeira da rua.
“Estou doente, olha como estou com nariz entupido. Pega em todo mundo aqui. Eu os vejo aí no mesmo lugar há duas semanas e falaram que agora vão “bloquetear” a rua aqui. Tomara mesmo, a gente já sofre com promessas há muito tempo e esse final ainda tem que ser sofrido, parece o fim de um calvário. Eu quero pedir ao prefeito que a obra seja feita mesmo. E que acelere, porque o transtorno é grande”, declarou José, vigilante e morador do local há duas décadas.
Outro morador, que tem um comércio no seu imóvel, vai na mesma linha.
“Já não basta a crise, com as ruas fechadas, como estão demorando aí só nessa primeira parte, fico pensando no tamanho do meu prejuízo. Mas pelo menos já começou, né?”, afirmou o comerciante Raimundo Rodrigues, de 45 anos.
O prazo para a conclusão é de um mês e meio. A obra já está licitada e, como estamos no verão, não há riscos de abandono ou interrupção antes da sua conclusão, esclareceu a Semob.