Por RODRIGO ÍNDIO
Rosiani Machado Pinheiro, de 43 anos, mãe de Hemblyson Pinheiro Almeida, chorou ao falar do estado clínico do filho, internado há 46 dias no Hospital de Emergência de Macapá. Segundo ela, como não recebe os devidos cuidados, o rapaz está apodrecendo na unidade de saúde e está perto da morte.
Desesperada, a mãe detalha que o jovem de 21 anos perdeu o rim e parte do fígado após reagir a um assalto e ser alvejado nas costas. Desde então, cada dia se tornou um batalha na luta pela sobrevivência.
Durante esse período, Hemblyson passou por quatro cirurgias e necessita urgentemente de uma reparação, mas a família relata que os médicos alegam que não tem como fazer o procedimento sem ele tomar medicamento para aguentar a cirurgia e também pela falta de materiais correlatos.
“Ele está internado na enfermaria 5 e era para estar na UTI. O caso dele é gravíssimo. Até os próprios médicos falam. Ele precisa do encaminhamento, mas sem os remédios e os materiais fica difícil. Já não sei com quem mais falar e fazer. Ele está apodrecendo aqui, estou vendo meu filho morrer”, comentou chorando a mãe.
O enfermo precisa de 30 frascos do remédio Albumina Humana. Cada unidade custa R$ 200. A mãe de Hemblyson conta ainda que no HE recebeu a informação de que o Estado não está disponibilizando o remédio por falta de pagamento com os fornecedores.
“Queria transferir meu filho daqui para o Hospital São Camilo e ter o remédio dele é a única forma dele sobreviver, os enfermeiros já me falaram que ele está com infecção hospitalar devido o lugar que está. Às vezes ele passa mal e quando vamos procurar as pessoas para fazer o medicamento dele só dizem que não tem (…) Dói, porque meu filho vê as pessoas comendo e não pode comer. Queria tanto meu Deus que alguém ajudasse meu filho a sair desse lugar”, desabafou.
Na manhã desta terça-feira (17), o portal SelesNafes.com entrou em contato com a direção do HE, mas até esta publicação não teve nenhum retorno sobre a situação Hemblyson Pinheiro Almeida.
Foto de capa: Rodrigo Índio/SN