Por MARCO ANTÔNIO P. COSTA
Em março de 2017, Rosenir dos Santos Miranda Antunes escutou um miado lamentoso de um gatinho perto da sua casa, em Macapá. Ele estava na chuva quando ela o pegou, cuidou e encaminhou para adoção. O gesto viraria uma saga em defesa dos animais.
As histórias são muitas. Gatos com ferimentos que precisaram ser amputados para poder sobreviver, filhotes abandonados, gatinhos jogados no rio e outras situações que tocaram o coração de Rosenir, seu esposo e sua cunhada e os fizeram se envolver cada vez mais com a causa.
Ela explica que não se trata de uma preferência por gatos e que também já salvou vários cães, mas observa que o descontrole populacional entre os pequenos felinos é maior do que entre cães em Macapá.
Atualmente cuida de 26 gatos e 10 cachorros. O gasto com rações ultrapassa os R$700,00 mensais, fora os custos extras com cuidados veterinários. A gatinha “Espoleta”, por exemplo, rompeu os ligamentos de uma das patas e teve que ser amputada. O procedimento custou mais de R$ 1,2 mil, fora os medicamentos, exames como raio-x, e a castração.
Castração
Este procedimento é a melhor saída apontada pela cuidadora, que não vê a hora do Amapá ter um hospital veterinário público para ajudar esses animais.
A dedicação é tanta que ela faz um curso de auxiliar em veterinária, para tentar estabelecer parcerias com clínicas da área para castração de forma mais barata.
“Tenho assumido essa responsabilidade sozinha e pago esses procedimentos de castração para evitar o crescimento populacional deles, porque sei o quanto sofrem quando são abandonados”, explica Rosenir.
Adoção
Há tantos gatinhos na casa dela, que ela teve que enviar vários deles para um sítio que o casal tem. Dona Rosenir entrega todos os gatos com mais de seis meses, já castrados, e se for menor que isso, ela pede o compromisso da pessoa que cuide bem do animal.
“Venham buscar os gatinhos, posso ir até entregar na casa a pessoa, já fui até em Santana. Para as autoridades eu peço que a clínica veterinária pública saia logo do papel. Para as pessoas eu peço que não maltratem, que cuidem e que se não tiverem condições de cuidar, não deixem que tenham várias ninhadas. Eu deixo de comprar coisas para mim e para minha casa, para cuidar desses bichinhos. Quem quiser adotar e cuidar direito, entre em contato”.
Para adoção a pessoa interessada pode entrar em contato através do telefone (96) 98131-5511.