Simulação de acidente com presos às ferragens chama atenção na JK

Mais de 50 pessoas, entre profissionais do Samu, bombeiros e estudantes de medicina participaram do treinamento
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Por MARCO ANTÔNIO P. COSTA

Quarta-feira, 11 de abril, 16 horas. Um veículo em alta velocidade perdeu o controle na rotatória do monumento do Marco Zero do Equador. Atropelou várias pessoas que estavam em um ponto de ônibus, dentre elas, uma grávida. Um dos passageiros do veículo foi cuspido para fora do carro. Um homem tem uma barra de ferro atravessada no abdômen. Há presos nas ferragens.

A situação se chama “simulação realística de acidente com múltiplas vítimas” e não ocorreu de verdade, pois foi parte do treinamentos das equipes do Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (Samu).

Acidente grave…

 

… foi simulado por profissionais e estudantes. Fotos: Marco Antônio P. Costa/SN

O treinamento chamou a atenção de quem passava na Rodovia Juscelino Kubitschek e envolveu mais de 50 pessoas, entre profissionais do Samu, bombeiros, policiais e alunos do curso de medicina da Universidade Federal do Amapá (Unifap).

A ideia é demonstrar, aplicar e treinar as novas manobras e técnicas que foram ensinadas aos profissionais na I Semana do Samu, que ocorre desde o último domingo (08).

“Esse treinamento é para colocarmos em prática as técnicas de atendimento ao paciente, que sempre vão se inovando. Também serve para trabalhar a integração do Samu com o Corpo de Bombeiros, pois sempre atuamos juntos. O treinamento é constante, salvar vidas é uma missão valiosa”, declarou a enfermeira do Samu, Kelle Telles.

Soldado José Maria Chaves (CBM): treinamentos são fundamentais

Os atores e figurantes eram na maioria estudantes do curso de medicina da Unifap que fazem parte da Liga Acadêmica de Urgência e Emergência.

“Somos seis estudantes participando dessa simulação hoje. Pra gente é importante, é parte do aprendizado, além do que podemos contribuir para ajudar na formação dos profissionais que estão no dia-a-dia fazendo o salvamento das pessoas que se envolvem em acidentes”, declarou a estudante pernambucana Gleiciane Miranda, de 30 anos, que fez o papel da mulher grávida.

A estudante Gleiciane Miranda (simulando grávida, de camisa cor de rosa): parte do aprendizado

As equipes que estavam no plantão, tanto do Samu quanto do Corpo de Bombeiros, não sabiam, a priori, que a situação se tratava de treinamento e apenas no caminho é que foram sendo avisados, porque inclusive o tempo de atendimento é avaliado.

“Fiquei sabendo no meio do caminho, até então seria uma ocorrência real que estávamos vindo atender. Esses treinamentos são fundamentais, temos muitas situações no dia-a-dia e é importante estarmos nos atualizando. Por exemplo, os colegas do salvamento estão utilizando várias ferramentas: alicate de corte, alicate de pressão, desencarcerador e serra sabre”, comentou o soldado do Corpo de Bombeiros, José Maria Chaves.

Profissionais fazem teste prático de atendimentos de urgências

O carro que supostamente teria se envolvido no acidente, na verdade uma sucata, teve seu teto cortado com as ferramentas, o vidro traseiro retirado, as portas afastadas, tudo para simular a utilização dos instrumentos.

“Temos vários avaliadores e temos depois que verificar os pontos fortes e fracos, mas a priori, pelo o envolvimento da equipe, das corporações, já podemos considerar o treinamento positivo”, finalizou Kelle Telles.

Seles Nafes
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