Por MARCO ANTÔNIO P. COSTA
Na manhã desta quarta-feira (9), um grupo de trabalhadores agentes de endemias realizou uma manifestação em frente à Superintendência de vigilância em saúde (SVS) do Amapá. O motivo do protesto são 4 meses de salários atrasados.
Os agentes trabalharam de março até agosto deste ano. Dos seis meses de serviços prestados, receberam apenas 2 meses de salários.
No total, são 261 pessoas que estão nessa situação e que não sabem a qual secretaria ou setor do Governo do Estado do Amapá devem recorrer, pois afirmam que existe um “jogo de empurra”, onde uma secretaria joga a responsabilidade para a outra e, enquanto isso, os trabalhadores passam dificuldades.
Apelo
Os agentes de endemias fazem um apelo para que alguém forneça uma posição concreta sobre os seus salários e relatam algumas das dificuldades que estão passando.
“Olha, nós fazemos um apelo. Tenho duas crianças pequenas em casa, meus filhos adoeceram e eu não tinha condições de ajudá-los, fiquei dependendo dos outros. Isso não é justo. Por seis meses eu saí de casa deixando meus filhos e eu só quero receber pelo que trabalhei”, desabafou Natasha Valienc Nobre, de 26 anos.
Um dos representantes da comissão de trabalhadores relatou que vários prazos já foram dados pelo governo, seja através da Secretaria de Estado de Saúde (Sesa) ou da SVS.
A comissão de trabalhadores informou que além das idas e vindas pelos corredores dos órgãos públicos e da manifestação desta manhã, também já procuraram o Ministério Público Estadual para denunciar o que consideram ser um abuso.
Sesa
A Secretaria de Estado da Saúde (Sesa) enviou nota ao Portal SelesNafes.com esclarecendo que aguarda repasse financeiro para efetuar o pagamento dos agentes de endemias que tiveram o contrato encerrado em agosto.
Informou, ainda, que trabalha para equilibrar as contas e honrar com os pagamentos previstos dos meses subsequentes a junho, quando o fluxo de caixa das contas públicas foi comprometido com a frustração do repasse do Fundo de Participação dos Estados (FPE) que chegou a R$ 42 milhões de déficit, sendo que só na saúde foi de R$ 6,4 milhões.