Comércio varejista do Amapá tem o maior crescimento do Brasil, aponta IBGE

Crescimento foi puxado pelo forte comércio varejista de Macapá, que concentra o maior número de lojas.
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Por MARCO ANTÔNIO P. COSTA

O comércio varejista do Amapá em 2019 reage aos números fracos de 2017 e 2018. É o que demonstra a Pesquisa Mensal de Comércio (PMC) do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).

A pesquisa mensal do IBGE demonstrou que o mês de agosto no Amapá foi superior em 4,3% em comparação a julho, e esse é o sétimo resultado de alta registrado no ano. Quando comparados agosto de 2018 e agosto de 2019, a alta é ainda maior: 26,4%.

Tanto no varejo simples ou restrito quanto no varejo ampliado (que inclui materiais de construção, carros, motos e autopeças) o Amapá tem a maior taxa de crescimento do país, ficando pelo menos dez pontos percentuais acima do crescimento brasileiro no acumulado de 2019.

E, agora, a expectativa é prosseguimento do crescimento experimentado em todos os meses do ano com a aproximação do período do fim de ano. Fotos: Arquivo/SN

Nacionalmente o crescimento do comércio varejista é positivo, mas bastante tímido, ficando em 1,2% no varejo simples e em 3,5% no varejo ampliado, enquanto que o Amapá registrou crescimento de 12,3% no varejo simples e 16,2% no comércio varejista ampliado, uma diferença positiva para o Amapá bastante importante.

Hipóteses

O objetivo central da pesquisa é perceber o movimento mensal do comércio, que pode ser um dos principais dados para avaliação do momento que a economia está passando. Entretanto, o supervisor de Disseminação de Informações do IBGE, Joel Lima da Silva afirma que esse crescimento é conjuntural e que apesar do dado ser positivo, é importante ter cautela.

Para o técnico do IBGE, Joel Lima, apesar do dado ser positivo, é importante ter cautela. Foto: Marco Antônio P. Costa/SN

“A pesquisa não tem a intenção de investigar o que fez o comércio crescer ou diminuir, e sim tem a intenção de checar esse dado. As pessoas estão trabalhando mais, pode ser que a renda das famílias tenha melhorado um pouco ou que determinadas categorias numerosas possam ter recebido promoções e fazendo gastos maiores e ainda a volta de crédito do consignado ou outros pontos, são hipóteses. O mais importante é que temos uma recuperação”, afirmou o supervisor.

Outro ponto que tem que ser levado em consideração é que os fins de ano em 2017 e 2018 foram difíceis para o comércio varejista amapaense, então qualquer recuperação quando em comparação com esses períodos, parece ser mais extraordinária.

O que é mais importante, conclui o técnico, é verificar a dinâmica que os números demonstram dentro de 2019, com quase todos os meses de crescimento em relação ao mês anterior.

Metodologia

A pesquisa é realizada por amostragem, com empresas com mais de 20 funcionários, onde mensalmente é coletado um único item, a Receita Bruta de Revenda, que o dado que demonstra o volume de vendas. 

Uma nova parcial da pesquisa será divulgada em novembro, e trará quase que definitivamente o comportamento do comércio amapaense em 2019.

Seles Nafes
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