Cúpula de governadores da Amazônia e a preocupação do Papa com o planeta

Governadores encontrarão com o Papa Francisco
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A Cúpula de Governadores da Amazônia no Vaticano, que será realizada nesta segunda-feira (28), segue o contexto da Igreja Católica baseado na encíclica ‘Laudato Si’, como é chamado o o documento escrito pelo Papa Francisco, cuja tradução para o português é ‘Louvado Sejas’, em que ele manifesta profunda preocupação com a proteção do planeta Terra.

Do ponto de vista da crise climática, o documento atenta para a grande crise ética da humanidade, que produz uma quebra das relações com Deus, com as pessoas e com a terra, o que o Papa chama de as ‘três relações fundamentais da existência’.

Trata-se de um chamado à ação, inclusive política, no âmbito internacional, mas também aos governos locais, fazendo eco ao princípio do ‘pense globalmente, aja localmente’, consolidado desde a Eco-92.

“Nossa ideia é dar uma oportunidade aos governadores para apresentar ao Papa e à Pontifícia Academia de Ciências do Vaticano os seus compromissos com o desenvolvimento sustentável da Amazônia. Ao mesmo tempo, pretendemos debater com a comunidade internacional soluções e mecanismos de financiamento inovadores para atender nossas demandas para o alcance dos Objetivos do Desenvolvimento Sustentável até 2030”, afirma o Papa Francisco, por meio do Vaticano.

“Jesus explicou com toda simplicidade o que é ser santo, ou seja, ser humano bom e justo, e o fez quando deixou-nos as bem-aventuranças (cf. Mt 5,3-12; Lc 6,20-23). São como a carteira de identidade do cristão e do ser humano. Assim, se algum de nós levanta a questão: “Como você se torna um bom cristão e um bom ser humano?”, a resposta é simples: é necessário fazer, cada um à sua maneira, o que Jesus diz no sermão das bem-aventuranças”, descreve Francisco.

Para o governador Waldez Góes, presidente do Consórcio de Desenvolvimento Sustentável da Amazônia Legal, a Cúpula será o momento privilegiado para tomar conhecimento e interagir com as visões do Sínodo da Amazônia envolvendo a comunidade científica e os governos subnacionais. “Queremos pactuar globalmente o objetivo único de estruturar uma economia verde, como base do desenvolvimento sustentável da Amazônia, envolvendo as populações tradicionais. Nosso pacto pelo desmatamento zero é irredutível. Queremos o compromisso de toda a comunidade global nesta missão.”

Seles Nafes
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