Da REDAÇÃO
Uma série de irregularidades nas eleições do Conselho Tutelar do município de Laranjal do Jari, ao sul do Amapá, levou a Promotorias de Justiça no município a recomendar, nesta quinta-feira (10), a imediata anulação do processo.
O Ministério Público pede um pleito mais organizado e com o dobro de locais de votação. Segundo a promotora Samile Alcolumbre, a ausência do nome de eleitores em cadernos de votação foi um dos problemas denunciados.
“Apenas por volta das 11h, foi decidido que poderiam votar todos que o número do título estivesse registrado na urna, consignando o nome e a assinatura no verso do caderno de votação, o que foi feito”, explicou Samile.
Outra irregularidade constatada foi que os cadernos de votação impressos das urnas de número 03, 10 e 11 possuía quantidade menor de eleitores do que o caderno de votação correto, erro que resultou em uma diferença de cerca de 900 (novecentos) eleitores aptos a votar.
“Considerando que o resultado final das eleições no Município de Laranjal do Jari apontou pequena diferença de votos entre os cinco candidatos eleitos, mais precisamente 84, 50, 25, 26 votos, e que a diferença entre os cinco suplentes foi de 27, 14, 8 e 4 votos, nestas circunstâncias, a ausência de expressiva quantidade de votos dos eleitores que não puderam votar é uma questão decisiva para influenciar o resultado das eleições”, destacou a promotora.
Ainda segundo a recomendação do MP, a nova eleição deve acontecer o mais rapidamente possível, tendo em vista a proximidade do término do mandato dos atuais conselheiros tutelares, que não pode ser prorrogado. O não atendimento da recomendação poderá levar ao ajuizamento de ação anulatória da eleição.
Além de Laranjal do Jari, as eleições para o Conselho Tutelar no município de Santana também foram questionadas. No caso do segundo município mais populoso do Amapá, a denúncia partiu de 15 ex-candidatos que alegam que os eleitos teriam recebido apoio direto ou indireto do prefeito de Santana, vereadores e gestores
Foto de capa: ascom MP-AP