Por SELES NAFES
O governador do Amapá, Waldez Góes (PDT), não irá indicar nenhum nome à sucessão do prefeito Clécio Luís (Rede), pelo menos não este ano. Depois de 32 anos de carreira política, Waldez diz que amadureceu o suficiente para entender que não pode usar um ano não eleitoral para discutir alianças eleitorais, especialmente quando há muito o que fazer na gestão.
Em entrevista ao Portal SelesNafes.Com esta semana, Waldez disse que está procurando priorizar o governo, principalmente a entrega de obras.
“Não posso ser o exemplo de pegar um ano que não é eleitoral para fazer palanque eleitoral. Não vou usar o meu tempo para discutir as relações políticas e possíveis coligações”, assegurou.
Depois de 3 anos de crise financeira, o Estado começa a respirar. Houve aumento na arrecadação própria, o que ainda não compensou as perdas do FPE, mas já há uma perspectiva positiva no caixa estadual.
Além disso, a liberação de recursos do BNDES e a aprovação da cessão onerosa no Senado, que definiu a fatia do Amapá na partilha do leilão do pré-sal, devem dar um fôlego a mais ao governo.
Waldez diz que vai articular o que ele chama de “mobilização do Estado”, embalado pelas boas relações com adversários históricos como o próprio prefeito Clécio, com quem lançou obras de asfaltamento em Macapá na semana passada.
“Estou colocando o Estado que eu governo à disposição de todos os agentes públicos e políticos, tenho uma ótima relação com o senador Davi (presidente do Congresso), com o senador Randolfe, com o senador Lucas, e com quase todos os deputados federais”, ressaltou.
O governador disse também que não pode ter discursos diferentes para a sociedade, imprensa, aliados e equipe de governo quando o assunto é gestão e política.
“Essa mobilização, mesmo em época de crise, está funcionando. Estamos retomando a capacidade de fazer obras. O Amapá está com uma oportunidade excelente de, mesmo em crise, entregar obras para a sociedade”.
Para ele, retardar a escolha de um nome para disputar a sucessão de Clécio atrapalha apenas interesses pessoais.
“É melhor que fique atrapalhado o interesse pessoal, do que o interesse da sociedade”, concluiu.