Por RODRIGO ÍNDIO
Quase um ano depois do achado e resgate da ossada de baleia jubarte no Arquipélago do Bailique, no litoral leste do Estado, o Instituto de Pesquisas Científicas e Tecnológicas do Amapá (Iepa) ainda corre atrás das verbas necessárias para montar o esqueleto.
O recurso necessário para promover a montagem e a reposição artificial de algumas peças da ossada é de aproximadamente R$ 120 mil.
Em janeiro, no Campus Fazendinha, parte dos ossos do animal foram enterrados para que carne, cartilagens, tecidos e gorduras ao redor da ossada pudessem se decompor. O processo durou cerca de cinco meses e o material já foi retirado. Outros ossos pequenos foram armazenados em caixa para conclusão do processo de limpeza.
Pesquisadores e direção do Iepa estão correndo atrás do recurso. Eles já foram à Brasília (DF) tentar uma articulação para recursos junto com deputados e senadores da bancada federal amapaense, mas ainda não obtiveram respostas positivas.
“O presidente do Iepa Jorge Souza e o diretor Alan Kardec foram até lá e nós estamos no aguardo das respostas desses recursos. O valor orçado em aproximadamente R$ 120 mil vai custear esses pagamentos e reposições de peças já que algumas ossadas não foram encontradas e também para fazer a montagem da estrutura dentro do Museu Sacaca”, disse Cláudio Rogério, da comunicação do Iepa.
Ele detalhou ainda que no país há somente quatro esqueletos de jubarte montados e que estão nos estados da Bahia, São Paulo, Rio Grande do Sul e Rio de Janeiro.
“No Brasil só existe um profissional especializado em fazer a montagem do esqueleto da baleia e apenas quatro estados com esse patrimônio montado para exposição – se conseguir, o Amapá será o quinto. Estamos na expectativa”, finalizou Cláudio Rogério.