Jones perde o mandato

Relatório final da comissão processante pela cassação do mandato foi aprovado por unanimidade
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Por SELES NAFES

Por 9 votos a zero, a Câmara de Vereadores de Calçoene cassou o mandato do prefeito Jones Cavalcante (PPS), no fim da tarde desta sexta-feira (29). O decreto legislativo foi baseado no relatório final de uma comissão processante criada depois que uma CPI investigou irregularidades apontadas pelo Ministério Público do Amapá.

Durante três meses, a CPI se debruçou sobre as irregularidades investigadas na Operação Sangria, deflagrada pelo Ministério Público no ano passado. O prefeito, acusado de beneficiar empresas e desviar recursos, chegou a ficar preso por três meses por ordem da justiça.

O MP investiga o desvio de R$ 10 milhões dos cofres da prefeitura de Calçoene, município a 420 km de Macapá que, apesar do enorme potencial pesqueiro, é um dos mais pobres do Estado.

Depois de solto, Jones Cavalcante entrou na justiça para reaver os salários que deixou de receber, mas teve o pedido negado em primeira e segunda instância.

Cidade em época de enchente. Fotos: Cássia Lima/Arquivo SN

Presidente Júlio Sete Ilhas será efetivado no cargo. Foto: Seles Nafes

O relatório final foi apresentado pelo vereador Arnon Nonato (DEM), e foi aprovado numa sessão que começou ao meio-dia e só terminou depois das 17 h.

Com a renúncia da vice-prefeita Ângela Avelar (Rede) em fevereiro deste ano, o presidente da Câmara, Júlio Sete Ilhas (PSDB), passou a comandar o município provisoriamente após o afastamento de Jones por ordem judicial.

Júlio Sete Ilhas será convocado pela Câmara para tomar posse em definitivo, mas só depois da publicação do ato da Câmara. Na ausência dele, a juíza da Comarca de Calçoene, Marina Lustosa, é quem assumirá a prefeitura, seguindo a linha sucessória.

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