Da REDAÇÃO
O Produto Interno Bruto (PIB) do Amapá cresceu 6,97 % entre os anos de 2016 e 2017, apontou a pesquisa Contas Regionais, do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).
O estudo foi divulgado nesta quinta-feira (14) pela Secretaria de Estado do Planejamento (Seplan), que ajudou a desenvolver o estudo em parceria com o IBGE.
De acordo com os dados, as riquezas amapaenses saltaram de R$ 14,47 bilhões em 2016 para R$ 15,48 bilhões em 2017. O desempenho deixou a economia amapaense em 5º lugar na Região Norte (R$367, 86 bi), atrás de Pará (R$ 155, 19 bi), Amazonas (93,2 bi), Rondônia (R$ 43, 5 bi), e Tocantins (R$ 34,1 bi).
Segundo a pesquisa, o resultado positivo se deve ao crescimento dos índices de volume de 1,6% e de preço 5,7%, que puxaram a economia para resultados melhores que nos dois anos anteriores.
Os setores que mais contribuíram para esse resultado foram a agropecuária e o comércio e serviços.
Comércio e serviços
O setor serviços teve crescimento de 8,84% em relação à pesquisa anterior. O crescimento foi experimentado em quase todas as atividades, exceto atividades profissionais (-16,32%) e arte e cultura (-3,76%).
Os serviços de alojamento e alimentação apresentaram ganhos de participação. Em 2017, o alojamento despontou com 6,2% na economia amapaense com um crescimento de 23,33%, que se deu em decorrência da expansão destas atividades em hotéis e similares (34,3%). Já os serviços de alimentação das famílias produtoras saltaram 25,5%.
Outro destaque foi o comércio, que teve recuperação de 19,47%, em relação aos anos de 2015 e 2016 que acumularam as maiores quedas (-4,01% e -11,56%, respectivamente).
Grãos
O setor primário em 2017 apresentou crescimento na variação da produção de 7%, sendo a soja, com 25,6%, o produto que mais contribuiu para a elevação desse índice. A grão vem mostrando crescimento na quantidade produzida (28,5%) e no valor da produção (30,4%).
A alta da soja é um claro reflexo no aumento de áreas de plantio, experimentado nos municípios de Itaúbal (26,0%), Macapá (23,0%) e Tartarugalzinho (22,0%). Outras atividades do setor que obtiveram elevação em seus índices foram a pesca com 17,0% e criação de aves 15,0%. A participação do valor adicionado com 2,1% em relação a 2016 apresentou-se estável.
Indústria
A principal baixa entre os setores econômicos no Amapá ficou por conta da indústria, que recuou na economia 1,1 p.p. em relação a 2016. Considerando o desempenho em 2017, este segmento apresentou uma queda (-2,76%) no Valor Adicionado, situação que ocorreu pelo pouco desempenho da atividade mineral na produção do minério não-ferroso.
O setor também apresentou declínio na indústria de transformação (-58,37%) e na construção civil (-19,26%).
Apenas as atividades de utilidade pública (82,78%) influenciado pela geração de energia com as hidrelétricas que já estão em plena atividade nos municípios de Ferreira Gomes e Laranjal do Jari impulsionaram crescimento na indústria amapaense.
Foto de capa: Carlos Cardozo/Secom