Por SELES NAFES
“O modo de agir dela é sempre o mesmo: observa a vítima no caixa eletrônico e oferece ajuda. De posse do cartão e acesso à conta da vítima, ela faz um empréstimo e na mesma hora transfere para a conta da sogra dela”, o relato é do delegado da Polícia Civil de Porto Grande, Bruno Braz, após prender Izireide Ferreira de Oliveira.
Ela é acusada de aplicar golpes dentro de agências bancárias do município.
“De fato, ela auxilia a vítima, mas também transfere dinheiro para ela mesma”, acrescentou.
“Tipí”, como é conhecida na cidade que fica a 105 km de Macapá, estava dentro de uma agência quando foi abordada pelos agentes. Segundo a polícia, ela se preparava para dar mais um golpe.
O delegado Bruno Braz explicou que Tipí estava sendo investigada havia mais de um mês. Na delegacia, ele tomou o depoimento da sogra dela, que disse não saber das transferências. A sogra, que é analfabeta, informou que Tipí ficava com o cartão e senha dela.
“Estamos aguardando as imagens do banco com a atuação da Izireide, pois são vários golpes em vários dias do ano. Ela tinha preferência por idosos”, comentou o delegado.
Na delegacia, a acusada estimou que tenha feito entre 10 e 15 vítimas, mas esse número pode ser maior. Algumas vítimas, por serem muito humildes, nem sabem que caíram em um golpe, avalia o delegado Bruno Braz.