Por SELES NAFES
O ex-presidente da Comissão de Licitação da Assembleia Legislativa do Amapá, Janiery Torres Everton, condenado na ação que apurou a compra fraudulenta de passagens aéreas pela Assembleia Legislativa do Amapá, tornou-se hoje (12) o segundo investigado pela Operação Eclésia a receber o direito de aguardar até o último recurso em liberdade. A decisão, do presidente do tribunal, desembargador João Guilherme Lages, segue o novo entendimento do Supremo Tribunal Federal (STF).
Janiery Torres Everton foi condenado em 2ª instância a 7 anos de prisão em regime semi-aberto, e estava foragido desde 2017. Em junho deste ano, ele foi preso pela Polícia Civil do Amapá numa casa que ele mantinha alugada em frente à residência da mãe.
Segundo a polícia, o ex-presidente vinha usando o dinheiro desviado para alugar imóveis e se manter escondido. No mesmo mês, autorizado a deixar a cadeia para trabalhar durante o dia, ele não retornou ao Iapen e estava sendo novamente procurado.
Janiery Torres é apontado pelo Ministério Público do Estado como a pessoa que dava pareceres favoráveis à compra de passagens sem licitação, num esquema que consumiu R$ 5,9 milhões.
Ao extinguir o mandado de prisão, o desembargador disse que “em caso de eventual confirmação do acórdão condenatório, com trânsito em julgado, a execução continuará nos próprios autos, que que deverão ser desarquivados e onde será contabilizado o restante de pena a cumprir”.
Mais cedo, Lages também concedeu liberdade total ao ex-chefe de gabinete da Assembleia Legislativa, o tenente-coronel da PM, Abel Lindemberg do Nascimento, acusado também de participação na compra fraudulenta de passagens.