Por MARCO ANTÔNIO P. COSTA
Na madrugada desta terça-feira (17), o presidente do Sindicato dos Rodoviários do Estado do Amapá (Sincottrap), Max Delis, de 41 anos, teve seu automóvel queimado em frente ao prédio em que reside, no Conjunto Macapaba, zona norte de Macapá.
Segundo o sindicalista, foi o segundo atentado que sofreu em menos de um dia. Às 21 horas da segunda-feira (16), Delis conta que dois homens em duas motos foram até a sede do sindicato e chutaram o portão com violência. Com a intervenção do vigilante da entidade, os homens teriam ido embora.
Após isso, aproximadamente às 2h da madrugada, Max Delis foi acordado pelos vizinhos lhe contando que seu carro estava pegando fogo. O veículo, modelo Fiat Pálio, não teve perda total porque os vizinhos agiram com velocidade.
Uma das testemunhas, um vizinho, relatou que chamou um Uber porque o filho estava passando mal e por causa disso ficou olhando a rua. Foi quando percebeu um veículo parar ao lado do Fiat Pálio, derramar um líquido inflamável e atear fogo.
Um vídeo de uma câmera de segurança captou o momento da ação. Não é possível nas imagens identificar a placa, mas é possível ver que o carro em que os homens estavam era uma picape escura.
Veja o vídeo:
Assustada, a testemunha teria voltado para dentro de casa e os criminosos se evadiram do local. Uma corrente de vizinhos e o próprio Max Delis se empenharam em pegar baldes de água para conter o fogo.
Possível tentativa de intimidação
O sindicalista avalia que os dois fatos mais outros ocorridos no passado indicam que ele sofreu uma tentativa de intimidação política por sua atuação como presidente do sindicato.
“Acabaram de me demitir sem nenhuma justificativa, mesmo eu tendo estabilidade como dirigente sindical. Com o início do recesso do judiciário, só vou poder correr atrás dos meus direitos ano que vem. Fico sem salário e sem nenhum benefício nesse fim de ano. A gente imagina de onde veio, lembramos do que aconteceu com o Frota no passado”, denuncia Max Delis.
Max se refere ao ex-presidente do Sincottrap, Joinville Frota, que no ano de 2008 denunciou o incêndio feito em sua residência. Após a intimidação, Frota deixou o Estado do Amapá alegando motivos de segurança.
O sindicalista registrou um boletim de ocorrência e seu carro foi recolhido para perícia.