Por SELES NAFES
Pela primeira vez desde 2012, a deputada federal Marcivânia Flexa (PCdoB) não disputará a prefeitura de Santana. Depois de duas campanhas grandes e extenuantes, mas principalmente desgastantes do ponto de vista psicológico, ela decidiu declinar de qualquer convite para disputar a sucessão de Ofirney Sadala (PHS), candidato à reeleição.
“Por duas vezes apresentamos candidatura. Houve aquele episódio do motel que foi uma grande armação (2012), e em 2016 estávamos bem de novo até eu sofrer um acidente”, lembra ela.
“Sou cristã e tenho que interpretar os sinais. Acho que agora é o momento de apoiar outra pessoa. Além de tudo, são campanhas desgastantes, psicologicamente”, acrescentou.
Em 2012, a expressão “fake news” ainda nem era popular, mas Marcivânia foi vítima desse fenômeno. Ela liderava das pesquisas de intenção de votos, mas perdeu a eleição quando o boato de que a Polícia Federal havia apreendido dinheiro e material de campanha dela dentro de um motel da cidade. O fake se espalhou em velocidade supersônica pela pequena Santana, bem na véspera do dia de votação.
Em 2016, também favorita, ela sofreu um acidente e ainda foi barrada no debate de televisão por atraso. Ganhou Ofirney Sadala, um ex-juiz que virou empresário e se transformou em terceira via.
Em 2018, Marcivânia foi reeleita deputada federal, e nos últimos meses tem feito dobradinhas com o senador Lucas Barreto (PSD).
Menos Ofirney
Mas ainda não há decisão sobre quem apoiar. Há uma afinidade maior com Ronildo Nobre (PPS), também apoiado por Lucas, mas também há um bom relacionamento com Josenildo Abrantes (PDT), que deverá ser o candidato do governador Waldez Góes.
“Em abril nós decidiremos. Vamos acompanhando as pesquisas. Só não converso com o Ofirney, pelo que ele deixou de fazer. Não produziu nenhum resultado para a cidade. Nada melhorou. O que tem de obras na cidade são coisas feitas pelo governo do Estado e bancada federal que ajudou muito”.