Por RODRIGO ÍNDIO
Uma menina de oito anos que nasceu com paralisia cerebral andou pela primeira vez sem o auxílio de um andador e vibrou bastante com o feito. O momento foi presenciando por seus pais, fisioterapeutas e diversas pessoas que se emocionaram junto com a menina.
A pequena Maria Blenda, mora com a família em Macapá e sofre de uma doença congênita que afeta seus movimentos, a contração muscular e a postura. Por este motivo, a pequena precisa constantemente de um andador para se movimentar.
Mas na manhã desta terça-feira (3), enquanto estava participando de uma “Brincando Terapia” com sua mãe Maria Benedita e seu pai Valdinei Monteiro, a menina decidiu que queria tentar andar sem auxílio. Ela faz tratamento no Centro de Reabilitação do Amapá (Creap) desde quando nasceu.
“Hoje veio dar os primeiros passos. Foi uma surpresa para nós e é o melhor momento da minha vida ver minha filha superando suas limitações”, disse, emocionada e orgulhosa, a mãe.
A fisioterapeuta Giovana Bueres é quem faz o acompanhamento da menina nessa luta pela superação. Ela disse estar realizada por saber que os cuidados vêm tendo resultados satisfatórios.
“Como profissional, a gente fica orgulhoso do trabalho que desenvolvemos para a sociedade. Há anos estávamos na expectativa da Maria andar sem o auxílio andador. Ela tinha muito medo, mas sempre acreditei que ela ia conseguir andar sozinha”, comentou Bueres.
No projeto “Brincando Terapia”, desenvolvido pelo Creap, os profissionais trabalham de forma lúdica e a criança nem percebe que está trabalhando a psicomotricidade. Mais de 100 crianças participam do projeto.
Na manhã desta terça-feira (3), 15 estiveram em uma ação do projeto num shopping localizado na rodovia JK, na zona sul de Macapá. A dona de casa Daniela Reis acompanhou a filha junto com a pequena Valentina, de 2 anos.
“Não sei o que minha filha tem, só sei que ela tem muitas convulsões e esses momentos de lazer que eles oferecem para nossos filhos é superimportante, porque, aqui, eles voltam a ser crianças e sabemos que não estamos só nessa luta. Tudo isso aqui é bom pro desenvolvimento deles, basta olhar no rostinho feliz de cada um”, avaliou.