No Amapá, comunidades de difícil acesso receberão vacinas até de helicópteros

Ação deverá imunizar cerca de 1,2 mil pessoas em comunidades dos municípios de Oiapoque, Amapá e Pedra Branca do Amapari
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Por MARCO ANTÔNIO P. COSTA

Começa nesta terça-feira (10) uma nova edição da “Operação Gota”, parceria entre o Governo do Estado do Amapá (GEA), Força Aérea Brasileira (FAB), Distrito Sanitário Indígena (Dsei) e prefeituras. O objetivo é levar a comunidades de áreas remotas vacinas e atendimento básico de saúde.

Oiapoque, Amapá e Pedra Branca do Amapari serão os municípios alvo da operação, que deverá atender mais de 1,2 mil pessoas divididas em várias comunidades isoladas, como aldeias indígenas e vilas ribeirinhas e rurais, como a Vila Brasil, em Oiapoque, e a comunidade do Sucurijú, distrito do município de Amapá.

A mesta da operação é vacinar a população de todas as idades com todas as vacinas básicas.

Operação percorrerá comunidades ribeirinhas, indígenas e rurais do AP. Foto: FAB

Operação conjunta

As equipes utilizarão carros, voadeiras, aviões e até helicópteros para os casos de localidades onde não se tenha pista de pouso. Além disso, há lugares como em algumas aldeias no extremo do município de Pedra Branca do Amapari, que as equipes terão que caminhar para chegarem até os locais.

Na tarde desta segunda-feira (09), ocorreu uma reunião entre os entes envolvidos na Operação Gota, na sede da Superintendência de Vigilância em Saúde do Estado do Amapá (SVS), no Bairro do Buritizal, zona sul de Macapá.

“Vamos fazer a cobertura vacinal, atualizar o calendário de vacina nessas áreas de difícil acesso em parceria, ou seja, governo do Estado do Amapá, Força Aérea e os municípios”, declarou o superintendente da SVS, Dorinaldo Malafaia.

Dorinaldo Malafaia (SVS): parceria com Força Aérea e prefeituras para garantir imunização. Foto: Marco Antônio P. Costa/SN

 

Adervan Mira (sec. de Saúde de Amapá): equipes chegarão em região de fazendas. Foto: Marco Antônio P. Costa/SN

Na comunidade de Bom Jesus, no Baixo Araguari, limite entre os municípios de Amapá e Cutias do Araguari, tem uma das áreas de acesso mais difícil de ser coberta pelas equipes de saúde.

“É uma região de fazendas, vamos ter que chegar lá de barcos e voadeiras, e antes temos que avisar para uma equipe do ICMbio que passa rádio para as fazendas se juntarem durante esses dias na sede da localidade. É trabalhoso, mas também é um trabalho importante que temos que realizar”, declarou o secretário de saúde de Amapá, Adervan Mira.

A operação deve ser encerrada no dia 21 de dezembro.

Seles Nafes
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