Por SELES NAFES
O aumento do fluxo de passageiros chegando e saindo do Amapá pelo Aeroporto Internacional Alberto Alcolumbre, conforme dados divulgados no último dia 16 pelo Observatório do Turismo, também impactou positivamente o setor de serviços que mais gera empregos no Estado: o de hospedagem.
O comportamento de 2019 só será pesquisado no ano que vem, mas os dados de 2018 mostram números positivos, algumas dificuldades e curiosidades.
Por exemplo: no ano passado, 82,9% dos hóspedes pagaram a conta com cartão de crédito. Entre julho e setembro ocorreu o período de maior ocupação, chegando a 96% em setembro, mas a média durante o ano ficou na casa dos 56%.
No total, foram 3.797 hóspedes, ou seja, 7% a mais do que no ano anterior. Esse público gastou no Amapá cerca de R$ 38 milhões, 9% a mais do que em 2017. Em 2014, foram R$ 129 milhões (veja gráfico).
Com 53%, os atendimentos em francês lideraram, seguido dos atendimentos em inglês, com 31%, e em espanhol, com 16%.
Dependendo das acomodações, as diárias variam entre R$ 180 e R$ 320.
Entre as principais dificuldades relatadas pelos proprietários de hotéis e pousadas aparece em primeiro lugar a conta de luz. Nesse quesito, 100% dos estabelecimentos pesquisados apontaram a despesa com energia elétrica como a principal dificuldade para manter o negócio funcionando.
Procedência
De acordo com a pesquisa, a maioria dos visitantes domésticos chegou do Pará (41%), seguida de São Paulo (19,1%) e Distrito Federal (14,5%). O Rio de Janeiro foi o Estado que menos mandou visitantes (3,2%).
Guiana Francesa (52,2%) é disparado o maior gerador de turistas estrangeiros para o Amapá. França (11,1%) e Estados Unidos (9,8%) também mandaram viajantes.
Mas um número em particular mostra o perfil do turismo no Amapá: em 2018, 85% dos visitantes vieram para cuidar de negócios, enquanto somente 1% veio para desfrutar do Estado.
O tempo médio de hospedagem para 41% dos turistas foi de cinco dias, e para 23% de dois dias.