Piloto diz que helicóptero foi essencial para vacinar povos indígenas

Ação desenvolvida por Estado, FAB, Distrito Sanitário Indígena e prefeituras levou também serviços de saúde a regiões de difícil acesso. Foto: Marco Antônio P. Costa/SN
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Por MARCO ANTÔNIO P. COSTA

Nesta sexta-feira (20), encerrou mais uma edição da Operação Gota no Amapá, missão para levar acesso à saúde a centenas de pessoas em locais de difícil acesso no Estado.

As questões geográficas e as dificuldades impostas pelas características do território amazônico, fazem com que muitas pessoas tenham acesso à saúde escasso. Desde atendimentos básicos com vacinas e imunização, até tratamentos odontológicos e pré-natal.

Comunidade do entorno do Tumucumaque recebe ação de imunização. Foto: Nathan Zahlouth/SVS

Por isso a Operação Gota, com o fundamental apoio dos helicópteros da Força Aérea Brasileira (FAB), é alternativa para tentar driblar essas dificuldades. Nesta edição, mais de 400 imunizações foram feitas em áreas ribeirinhas, como o distrito do Sucuriju, no município de Amapá e a Vila Brasil, em Oiapoque.

Outras 339 doses de vacinas foram aplicadas em povos indígenas de pelo menos 10 aldeias distintas, localizadas no Parque Nacional das Montanhas do Tumucumaque, no extremo do município de Pedra Branca do Amapari. Testes rápidos de HIV e sífilis também foram realizados.

Comunidades indígenas de Pedra Branca receberam força-tarefa. Foto: SVS

O tenente Fernando Afonso Fabian, um dos jovens pilotos que participou dos quase 20 dias de ação, contou um pouco sobre como a FAB encara essas missões e também da sua satisfação pessoal.

“Principalmente a parte indígena é muito difícil o acesso, é uma área montanhosa e sem a aeronave seria difícil chegar nesses lugares levamos muitas vacinas e os vacinadores, a equipe é grande. Segunda vez minha no Amapá, a satisfação é grande, é um pouco de retorno para a população em tudo o que o Estado investe na gente. É muito gratificante”, declarou o tenente.

“Além das vacinas, levamos saúde e atenção”

Dorinaldo Malafaia, da Superintendência de Vigilância em Saúde do Amapá (SVS), revelou que mais que as vacinas, outras ações foram feitas e atingiram pelo menos 1,2 mil pessoas. Atendimento odontológico, pré-natal e até um parto foi realizado com o apoio dos profissionais da Operação Gota.

Dorinaldo Malafaia (SVS): superintendente participou de operação em área indígena. Foto: Marco Antônio P. Costa/SN

 

Vacinadores embarcam de volta para Macapá após ação. Foto: Alessandro Veloso/SVS

Mesmo contente com o êxito da missão, Malafaia também reflete sobre a difícil situação das aldeias indígenas e sobre a necessidade de ações como essas.

“Agradecemos aos pilotos e à FAB e ao Distrito Sanitário Especial Indígena pela colaboração. Hoje estive pessoalmente na missão e a comunidade indígena nos recebe muito bem, há muito respeito para as ações de saúde. Há uma situação difícil nesses lugares e são nossos povos ancestrais, temos que ver como melhor atendermos, mas ficamos felizes com o resultado de agora”, finalizou Dorinaldo Malafaia.

Seles Nafes
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