“Por ela, eu mataria de novo”, diz réu-confesso de homicídio de engenheiro

Preso nesta sexta-feira (27) pela Polícia Civil do Amapá, Genilton Soares da Silva, de 32 anos, deu entrevista ao Portal SelesNafes.com e contou sua versão do crime.
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Por OLHO DE BOTO

Único acusado da morte do engenheiro civil Sérgio Roberto de Sousa Maracaípe, paraense que veio a Macapá para prestar concurso público e foi assassinado, Genilton Soares da Silva, de 32 anos, confessou com frieza como, e porque, cometeu o crime.

Genilton foi preso na casa de parentes, no conjunto Macapaba, na manhã desta sexta-feira (27) – uma semana após a morte de Maracaípe – pela equipe da Delegacia Especializada de Crimes Contra a Pessoa (Decipe).

Ele prestou depoimento ao delegado Luiz Carlos e confessou que matou o engenheiro por ciúmes da ex-esposa. Demonstrando frieza, ele contou, também, ao Portal SelesNafes.com como tudo aconteceu. A entrevista foi gravada.

Genilton foi preso pela Polícia Civil. Foto: Olho de Boto/SN

Disse que na noite do crime foi até a casa da ex dizer que ainda gostava dela e que queria reatar o relacionamento. Mas, não obteve resposta positiva. Então, decidiu ficar vigiando, pois achava que ela já estava se relacionando amorosamente com outro homem.

“Eu vi ele [Maracaípe] indo atrás dela na rua. Aí, eu fui também. Ele tava bêbado e eu também. Eu estava com duas facas”, contou

Ao ser questionado se estava arrependido do crime, Genilton foi bastante enfático: “Por ela, eu mataria de novo”.

De acordo com a polícia, esta não foi a primeira vez que ele cometeu assassinato por ciúmes e por não aceitar a separação da ex-esposa. Investigações da Decipe sobre um homicídio ocorrido em abril de 2019, também em Macapá, já haviam apontado para Genilton, que chegou a ser indiciado, mas respondia em liberdade, acabou cometendo mais uma morte.

Delegado Luiz Carlos e sua equipe revelaram a motivação e a as circunstâncias envolvendo o crime

O delegado Luíz Carlos explicou que Genilton não aceita a separação e como não ficou preso pelo crime de abril, por decisão da Justiça, ele continuou a vigiar a vida dela.

Foi exatamente o que ocorreu na noite da morte de Maracaípe. Genilton estava mais uma vez seguindo os passos da ex-esposa, que mora às proximidades do hotel onde a vítima estava hospedada, no bairro São Lázaro, na zona norte da capital amapaense.

Segundo as investigações, quando saiu do hotel naquela madrugada do dia 20, o engenheiro acabou falando casualmente com a ex de Genilton – eles não se conheciam. Foi o que bastou para o agressor iniciar o ataque, armado de faca.

Sérgio Roberto de Sousa Maracaipe era recém formado engenheiro civil. Foto: Divulgação

As facadas ocorreram na avenida Dirceu Cordeiro Dias e a vítima caminhou, com a lâmina cravada no peito, até a Rua Tancredo Neves, principal via de acesso à zona norte de Macapá.

Genilton foi indiciado pela morte do engenheiro e encaminhado ao Instituto de Administração Penitenciária do Amapá (Iapen).

Foto de capa: Divulgação

Seles Nafes
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