Ao ser preso, homem que matou jovem em festa chora e diz que quer pagar pelo crime

O crime ocorreu durante a festividade de São Sebastião, no município de Pracuúba, a 256 quilômetros de Macapá.
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Por RODRIGO ÍNDIO

A Polícia Civil do Amapá prendeu na última terça-feira (28), em Pracuúba, a 256 quilômetros de Macapá, o acusado pelo homicídio da jovem Tamara Sena da Silva, de 19 anos, morta com uma facada no peito.

A reportagem apurou que trata-se de João das Chagas Amador, de 22 anos. Ele seria o autor do assassinato, que ocorreu no dia 21 de janeiro, durante a festividade de São Sebastião, na sede do município. Na delegacia, o acusado chorou ao confessar o crime. Disse estar arrependido e que quer pagar pelo o que fez.

De acordo com a polícia, ao contrário do que foi divulgado pela mídia, ele não é ex-namorado da vítima, nem sequer a conhecia. A motivação teria sido uma discussão entre Tamara e a namorada do acusado.

Tamara Sena da Silva, de 19 anos, foi morta com uma facada no peito durante festa. Fotos: Divulgação

O delegado responsável pelo caso, Cezar Vieira, informou que por decisão da Justiça, ele foi preso preventivamente em uma fazenda na comunidade de São Miguel do Flexal, área rural em Pracuúba.

“Não tínhamos dúvidas quanto a autoria do crime. Não foi possível fazer o flagrante devido a situação dos lagos na região. Localizamos ele por volta de 15h em um retiro onde o acesso é por água, ele não resistiu, ficou emocionado, e falou que queria pagar e que iria se entregar”, detalhou o delegado.

Ainda segundo Vieira, o rapaz falou sobre a motivação do crime.

Delegado Cezar Vieira: “namorada dele [do acusado] não teve participação no homicídio, mas, moralmente, foi ela que deu início à briga eventual a morte da vítima”

“Ele falou que não se conheciam, eram de grupos diferentes. A motivação foi pelo fato do desentendimento da namorada dele com a vítima. As duas estavam bebidas, ele também, e de posse dessa faca de serra, foi defender a namorada. Segundo o que foi apurado, a namorada dele [do acusado] não teve participação no homicídio, mas, moralmente, foi ela que deu início à briga eventual a morte da vítima”, esclareceu o delegado.

A polícia concluiu o inquérito, que foi encaminhado ao Ministério Público (MP) para, posteriormente, oferecer denúncia à Justiça.

João das Chagas Amador foi encaminhado para o Instituto de Administração Penitenciária do Amapá (Iapen), onde aguardará nova manifestação da Justiça.

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