Por OLHO DE BOTO
O motorista de um carro roubado morreu baleado depois de resistir à abordagem e atirar contra uma equipe do Batalhão de Operações Especiais (Bope) da Polícia Militar do Amapá.
Felipe Monteiro Nascimento, de 26 anos, ainda foi socorrido por uma equipe do Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (Samu), mas não resistiu aos ferimentos. O confronto aconteceu na noite desta quinta-feira (16), no bairro Congós, na zona sul de Macapá.
De acordo com o comandante em exercício do Bope, major Pelaes, o veículo que o suspeito dirigia trafegava na 7ª Avenida quando foi avistado por uma equipe da Ronda Ostensiva Tática Motorizada (Rotam) – Companhia do Bope.
A equipe militar se aproximou na tentativa de interceptar o veículo suspeito, momento em que teria sido recebida a tiros e revidou. O motorista portava uma pistola de calibre 380. A arma foi recolhida pela polícia e apresenta ao delegado plantonista do Centro Integrado de Operações em Segurança Pública (Ciosp) do bairro Pacoval.
A perícia constatou que o chassi do veículo, modelo Onix, de cor branca, estava adulterado e a documentação (CRLV) era falsificada.
“O chassi estava remarcado de uma prova muito profissional, que só a perícia com sua expertise é que pôde confirmar a falsificação”, ressaltou o major Pelaes.
Segundo a polícia, o carro apreendido com Felipe Monteiro já havia sido visto duas semanas atrás em um assalto ocorrido no Conjunto na Embrapa a um motorista de aplicativo. Na ocasião, quatro criminosos, incluindo o líder de uma facção criminosa de Santana, foram presos com duas armas de fogo logo depois do crime, em um ramal na rodovia JK, na zona sul de Macapá.
O carro, que pertence a uma locadora de veículos de Macapá, foi roubado em novembro de 2019. Nele, foi colocada uma placa com numeração do município de Santana, cidade localizada a 17 km de Macapá.
Apesar do suspeito não responder a processos criminais, o comandante do Bope ressaltou que há evidências da ligação entre ele e o crime organizado. Felipe, conforme as evidências, teria se aproximado de membros de facções através do consumo de drogas, então teria sido arregimentado para participar, como motorista, de ações criminosas recentemente.
“As facções estão cooptando esse tipo de pessoas agora, sem ficha criminal, para que no momento de uma abordagem, por exemplo, não levantar suspeitas. A placa do carro que Felipe Monteiro estava ontem já estava em nossos registros como sendo de um veículo que tinha sido visto em roubos e execuções”, evidenciou o major Pelaes.