Por SELES NAFES
O Ministério Público do Estado decidiu investigar a nomeação de uma estudante de odontologia na Assembleia Legislativa do Amapá, que durante o ano passado recebeu um salário mensal de R$ 12,3 mil. O promotor que ficou com o caso deu 10 dias de prazo para que a Alap forneça informações.
O assunto ficou com o promotor Hélio Paulo Santos Furtado, da Promotoria de Defesa do Patrimônio Público (Prodemac). No último dia 6, ele assinou portaria para ser publicada no Diário Oficial anunciando que estava convertendo uma “Notícia Fato” em Procedimento Preparatório para Inquérito Civil.
Estudante foi nomeada pelo deputado Kaká Barbosa. Foto: Seles Nafes
No primeiro semestre de 2019, a nomeação da estudante de odontologia pelo presidente da Alap, Kaká Barbosa (PL), foi bastante comentada nas redes sociais por causa do salário e da suposta falta de qualificação para assumir um cargo de consultora.
Os salários foram pagos entre março e junho. Com descontos, a remuneração ainda era alta, pouco mais de R$ 9 mil.
Estudante não quis falar sobre o assunto na época da polêmica. Fotos: Reprodução
Na portaria do último dia 6, o promotor determina que a Alap informe em 10 dias sobre a lei que criou o cargo de consultor e que também forneça nesse prazo todas as folhas de ponto assinadas por Gabryella Marques.
O promotor quer saber ainda se a estudante estava morando em Macapá no período em que recebeu os salários, e mandou expedir ofício às empresas aéreas para que forneçam informações sobre passagens, embarque e desembarque dela nesse período.
No ano passado, o Portal SelesNafes.Com ouviu a estudante, mas ela disse que não comentaria o assunto. O Portal SN está tentando novo contato com ela por mensagem no Instagram, mas ainda não recebeu resposta.
A assessoria de comunicação da Assembleia Legislativa do Amapá também ficou de se posicionar sobre o assunto, o que também não fez no ano passado.
