Responsável por arsenal de facção morre em operação do Bope

O confronto ocorreu em um residencial particular de padrão médio-alto, na zona oeste de Macapá.
Compartilhamentos

Por OLHO DE BOTO

Um dos líderes e membro responsável pela logística de transporte e armamento de uma organização criminosa que age no Amapá, segundo a polícia, morreu numa troca de tiros durante ação do Batalhão de Operações Especiais (Bope) em Macapá.

A ação policial, montada para interceptar entregas de armas para criminosos, durou toda a madrugada desta quinta-feira (30). No fim da madrugada, por volta de 5h, o ‘chefe do paiol’ da facção foi localizado e houve confronto.

Bruno de Vilhena Brito, o Bruninho, 30 anos, respondia a 21 processos criminais, a maioria por roubos e homicídios. Era conhecido por ostentar alto padrão de vida, mesmo vivendo em constante fuga. Ele morreu após trocar tiros com a polícia.

, Bruno de Vilhena Brito respondia a 21 processos criminais, a maioria por roubos e homicídios. Foto: Divulgação

De acordo com o comandante interino do Bope, major Pelaes, a partir da informação de que Bruno estaria distribuindo armas de fogo para braços da organização criminosa, o Batalhão montou uma operação com todas as companhias – COE, Rotam, Choque, Giro e Canil) para tentar interceptar as entregas.

O Bope passou a madrugada inteira procurando por Bruno. As equipes se dividiram e foram em vários endereços diferentes, até que no fim da madrugada ele foi localizado em uma casa modesta, mas edificada em um local de padrão médio-alto, o Residencial Amazonas, na rodovia Duca Serra, na zona oeste de Macapá.

Mesmo com o imóvel cercado, Bruno não se rendeu, segundo a polícia. Após a troca de tiros, uma equipe do Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (Samu) foi acionada, mas quando chegou ao local, o bandido já havia morrido.

Remoção: peritos removem o corpo de Bruninho. Fotos: Olho de Boto/SN

“Esse criminoso tomava conta do paiol da facção, ou seja, era ele quem fazia as articulações para aquisição de armas para a organização criminosa, era ele quem distribuía armas e munições e tomava conta desse arsenal. E essas é que eram usadas em roubos e execuções, sobretudo nas cidades de Macapá e Santana”, informou o comandante do Bope.

A arma usada por Bruno no confronto, um revólver de calibre 32, foi entregue à Polícia Civil. Um carro apreendido também foi apresentado no Centro Integrado de Operações em Segurança Pública (Ciosp) do bairro Pacoval.

Segundo a polícia, era o veículo utilizado exclusivamente para distribuir os armamentos em Macapá e Santana. Ele foi apreendido durante a operação no Conjunto Açucena, na zona sul de Macapá.

“Ele [Bruno] escondia o carro em diferentes locais e nunca onde ia dormir, para dificultar a sua localização”, explicou o major Pelaes.

Major Pelaes: criminoso tomava conta do paiol da facção

Segundo ele, o Bope já havia feito outras operações similares para prender Bruno. Uma delas ocorreu em 2012, quando os militares o flagraram com dezenas de arma de fogo. Ele foi preso na ocasião.

Ostentação

Segundo o levantamento da polícia, Bruno de Vilhena Brito respondia a 21 processos criminais, a maioria por roubos e homicídios.

Apesar de nunca ter trabalhado na vida, ele ostentava um padrão de vida elevado em Macapá, fruto dos lucros de assaltos, compra e venda de armas e tráfico de drogas, bem como partilha de rendas ilícitas da facção a qual pertencia.

Ele sempre tinha à disposição carros e promovia festas para comparsas com garotas ligadas à organização criminosa. Não tinha paradeiro fixo, o que dificultava sua localização.

Seles Nafes
Compartilhamentos
Insira suas palavras de pesquisa e pressione Enter.
error: Conteúdo Protegido!!