Batuqueiros: disco de artista do Amapá é o 5º melhor do Brasil em 2019, diz site

Músico Paulinho Bastos mora em Macapá e sua obra ficou na frente de álbuns de artistas consagrados como Fafá de Belém, Zeca Baleiro e Elza Soares.
Compartilhamentos

Por MARCO ANTÔNIO P. COSTA

O site especializado de crítica musical musicabrasileira apontou o álbum “Batuqueiros”, do artista amapaense Paulo Bastos, como a quinta melhor obra de música de todo o país no ano de 2019.

A obra, que é apenas o primeiro trabalho lançado por Paulo, ficou na frente de álbuns de artistas já consagrados na Música Popular Brasileira (MPB), como Fafá de Belém, Zeca Baleiro e Elza Soares.

O crítico musical Éd Félix, responsável pelo trabalho, há 10 anos realiza essa catalogação e pesquisa sobre o que é lançado na música brasileira, do mainstream ao alternativo, tentando incorporar todas as regionalidades da vasta e rica música tupiniquim.

Músico multi-instrumentista, Paulinho Bastos também é professor de piano, toca tambores de marabaixo e batuque, além de instrumentos de cordas. Foto: Arquivo Pessoal

“Deu muito trabalho ouvir centenas, milhares de lançamentos ano após ano. (…). Prometo voltar em breve com um balanço da década, espero que vocês não se cansem de ir em busca de novos sons”, declarou o crítico musical no lançamento da 10ª edição da lista anual, no início deste ano.

Paulo Bastos

Paulo Bastos ou Paulinho Bastos, como muitos o chamam, tem a música correndo em suas veias. Aos 52 anos, o artista conta que seu pai recebia seresteiros e violeiros em sua casa e ele e sua irmã [Patrícia Bastos] escondiam-se embaixo da mesa para ficar ouvindo música.

“Papai sabia que a gente ficava lá, mamãe [Oneide Bastos], não. E a gente ficava ouvindo aquela cantoria, os instrumentos, por isso, posso dizer que a música está na minha vida desde sempre”, relatou Paulinho.

Paulinho Bastos tem a música correndo em suas veias. Foto: Marco Antônio P. Costa/SN

Músico multi-instrumentista, também é professor de piano, toca tambores de marabaixo e batuque, além de instrumentos de cordas. É muito conhecido em todo o meio musical amapaense e, inclusive amazônida, tendo feito parte da icônica banda paraense Warilou.

Sobre o Batuqueiros, ele contou que trata-se de um álbum resultado de um trabalho de cerca de 3 anos.

“Batuqueiros é o nome de uma das músicas. O disco tem uma concepção das letras voltadas para a nossa cultura popular, que fala sobre Marabaixo e Batuque, mas ao mesmo tempo, também tem uma visão universal. Eu faço reggae, faço outros estilos e não deixo de colocar a essência das músicas daqui, fundidas com outros ritmos”.

A boa colocação do álbum na lista foi complementada com a indicação de uma das suas músicas, que ficou em 9º lugar entre 35 selecionadas pelos site especializado.

Batuqueiro Paulinho Bastos. Foto: Divulgação

“A faixa “Pêndulo” ficou em 9º lugar, o que obviamente me deixou muito feliz. Para você ter uma ideia, a música que ficou em primeiro lugar é uma do Chico César [History], que está estourando por aí”, contou, feliz, o cantor e compositor amapaense.

Os planos de Paulinho Bastos para 2020 são, em primeiro lugar, lançar o álbum fisicamente, ou seja, lançar o CD que já está gravado e que agora depende de arranjos financeiros para poder ser feita a prensagem. Depois disso, pretende organizar os shows de lançamento do CD e continuar lutando pela arte e pela música Tucuju.

O CD pode ser ouvido nas plataformas de streaming, basta digitar “Batuqueiros” no campo de busca.

Seles Nafes
Compartilhamentos
Insira suas palavras de pesquisa e pressione Enter.
error: Conteúdo Protegido!!