Por SELES NAFES
A bebê que a família tem a sensação de que vai “explodir” a qualquer momento, por conta de uma anomalia no fígado, finalmente ganhou uma vaga para o transplante e tratamento completo. Graças à ong Carlos Daniel, Dalila Vitória, de 1 ano e 3 meses, será assistida pelo Hospital Menino Jesus, em São Paulo.
A mãe (doadora) e a filha dependem agora somente do programa de Tratamento Fora do Domicílio (TFD), do governo do Estado, para receberem as passagens. Elas precisam estar na capital paulista até o dia 4 de março, data em que foi agendada a primeira consulta da garota.
“Tenho vários contatos, porque quando estou participando de fóruns, congressos e outros eventos pelo Brasil, acabo criando amizade com essas pessoas que são médicos, diretores de hospitais. Mandei várias mensagens e conseguimos a vaga”, explica o presidente da ong, Agenilson Pereira.
A atresia das vias biliares, doença que coloca em risco a pequena Dalila, foi descoberta por meio de um exame quando a menina tinha apenas quatro meses de vida. A doença cria um inchaço gigantesco na barriga de Dalila, que sente muitas dores e falta de ar.
Hoje (15), no Dia Internacional de Combate ao Câncer Infanto-Juvenil, a ong comemorou a notícia junto com a família, apesar de não se tratar de câncer o problema da menina.
“Mais uma vida será salva”, comentou otimista Agenilson Pereira.
Ele fundou a ong Carlos Daniel em 26 de junho de 2015, meses após a morte do filho caçula, então com apenas seis anos de vida, vítima de uma leucemia.
Nesses quase 5 anos de existência, a ong encaminhou e assistiu diretamente mais de 70 crianças com diagnóstico de câncer.
Em junho deste ano, Agenilson será um dos palestrantes no Fórum Norte-Nordeste de Oncologia, na cidade de Fortaleza (CE).